E.U.A News (Painel do Paim) - N. 487 da série de 599 Blogs do Coronel Paim - O Porta-Voz

Este blog se destina a registrar aspectos ecológicos do grande país do norte e sua influência sobre a economia internacional e brasileira e a vida do nosso povo, inclusive a preparação ostensiva e sua participação no desfecho do golpe de 1964 e, recentemente, na espionagem das ações do governo brasileiro. .

terça-feira, 2 de novembro de 2010

EUA renovam Congresso em eleição crucial para o governo de Obama

Republicanos devem retomar controle da Câmara de Representantes.
Presidente pediu voto nos democratas para seguir combate à crise.

EUA vão às urnas nesta terça-feira (2) para renovar a Câmara dos Representantes e parte do Senado, além de 37 dos 50 governadores, em uma votação que deve ter impacto na segunda metade do governo do democrata Barack Obama, eleito em 2008.
Os primeiros colégios eleitorais da Costa Leste abriram a votação às 8h do horário brasileiro de verão. Os últimos colégios, dos estados de Alasca e Havaí, devem encerrar a votação às 2 da quarta-feira.
Segundo as últimas pesquisas divulgadas nesta segunda, o oposicionista Partido Republicano é o grande favorito das eleições legislativas.
O presidente Obama foi a campo nos últimos dias pedir voto para os candidatos democratas e, nesta segunda, disse que uma eventual vitória republicana pode comprometer o combate à crise econômica no país.
Mas a última pesquisa do instituto Gallup realizada entre quinta-feira e domingo com 1.539 prováveis eleitores coloca os republicanos na dianteira com 55% das intenções de voto, contra 40% dos democratas.
Outro levantamento conjunto do "The Wall Street Journal" e do canal de televisão "NBC" também prevê um grande avanço dos republicanos diante do que descrevem como "frustração" com Obama, sua política econômica e o Congresso de maioria democrata.
Eleitores seguram cartaz do candidato democrata ao Senado por Nevada, Harry Reid, e livro do presidente Obama durante comício em Las Vegas nesta segunda (2).Eleitores seguram cartaz do candidato democrata ao Senado por Nevada, Harry Reid, e livro do presidente Obama durante comício em Las Vegas nesta segunda (2). (Foto: AP)
Na consulta, os republicanos aparecem com uma vantagem de seis pontos e atingem 49% do apoio popular, contra 43% obtidos pelos democratas.
Quase a metade dos eleitores que se inclinam por um Congresso de maioria republicana assegura que se trata de um "voto de protesto" contra os democratas.
Apesar de haver consenso de que a direita parte com vantagem na votação, não há acordo entre pesquisas e analistas sobre o tamanho da provável vitória.
Analistas falam em um cenário em que os democratas perderiam a Câmara de Representantes (câmara baixa), mas manteriam por pequena margem o controle do Senado. Mas já há a possibilidade de vitória republicana também na câmara alta.
Os distintos resultados das pesquisas do "The Wall Street Journal" e do Gallup são um exemplo, mas outras consultas diferem também no grau de apoio: o canal "Fox News", por exemplo, coloca os conservadores 13 pontos à frente; para a "CNN", são dez; e o "The New York Times" prevê vantagem de seis pontos dos republicanos.
Nate Silver, autor do blog "FiveThirtyEight" -que antecipou corretamente os resultados em todos os estados do país durante as eleições presidenciais de 2008-, afirma que dadas as diferentes conclusões das pesquisas, "é difícil prever o tamanho da onda conservadora".
Os republicanos precisam de 39 cadeiras para se tornar a maioria na Câmara de Representantes, e 10 para prevalecerem no Senado.
Segundo o modelo de simulação do "FiveThirtyEight", os conservadores conquistarão cerca de 53 cadeiras na Câmara de Representantes, enquanto no Senado devem ganhar sete, o que não atingiria a maioria.
A primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, faz campanha nesta segunda-feira (2) na Filadélfia.A primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, faz campanha nesta segunda-feira (2) na Filadélfia. (Foto: AP)
Se as previsões estiverem certas, será a primeira vez nos últimos 80 anos que o Senado dos EUA não muda de liderança ao mesmo tempo que a Câmara de Representantes.
A mudança de forças prevista no Congresso promete complicar a agenda do governo dos democratas e alterar o rumo da Presidência de Obama.

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