E.U.A News (Painel do Paim) - N. 487 da série de 599 Blogs do Coronel Paim - O Porta-Voz

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quinta-feira, 4 de junho de 2009

Obama oferece um novo começo aos muçulmanos baseado em respeito mútuo

Do UOL Notícias
Em São Paulo
*Atualizado às 8h26

Em um aguardado discurso dirigido ao mundo muçulmano, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta quinta-feira no Cairo, capital do Egito, que "o ciclo de suspeita e discórdia" nas relações entre os Estados Unidos e os muçulmanos deve acabar. Obama ofereceu em troca "um novo começo" baseado nos interesses e no respeito mútuo.

"Este ciclo de suspeita e discórdia precisa acabar", disse Obama em um dos maiores países islâmicos do mundo, em uma tentativa de melhorar as relações com os muçulmanos, abaladas após os ataques de 11 de setembro de 2001 e da guerra no Iraque.

No entanto, o presidente disse que a mudança não pode ocorrer de uma hora para outra.

Obama relembrou que a tensão entre islamismo e Ocidente foi alimentada pelo colonialismo e pela Guerra Fria e pediu para que os preconceitos sejam deixados de lado.

"Considero parte da minha responsabilidade como presidente dos Estados Unidos lutar contra os estereótipos negativos do Islã onde eles aparecerem", disse. Entretanto, Obama também disse que o princípio se aplica em relação aos Estados Unidos, que "não é um império que se preocupa somente com ele mesmo".

Obama disse que a violência extremista fez a tensão entre muçulmanos e o Ocidente ficar cada vez maior. Entretanto, o islã, segundo o presidente, não é parte do problema, e sim parte importante da promoção da paz.

"Extremistas violentos exploraram esta tensão em um grupo pequeno de muçulmanos, mas esta minoria é bastente potente", falou.

O presidente criticou o Hamas e exigiu o reconhecimento de Israel por parte do grupo.

"O Hamas precisa pôr um fim na violência, reconhecer acordos do passado e reconhecer o direito que Israel tem de existir", afirmou.

Israel e Palestina
A solução descrita por Obama para pôr fim ao conflito no Oriente Médio é a coexistência de Israel com um Estado palestino, onde os dois povo possam viver em paz e segurança.

"Buscarei pessoalmente este resultado com toda a paciência que esta tarefa requer", prometeu Obama, que chamou todas as partes para "cumprir as responsabilidades" e por fim ao conflito.

"A Autoridade Palestina precisa criar uma maneira de desenvolver sua capacidade de governar, com instituições que sirvam as necessidades do povo", disse. "Ao mesmo tempo, os israelenses precisam reconhecer que assim como o direito de Israel existir não pode ser negado por ninguém, o palestino também não", clamou.

Obama chegou a criticar Israel e pedir o fim da colonização.

"Os fortes vínculos dos Estados Unidos com Israel são bem conhecidos. Este vínculo é inquebrantável", declarou Obama no discurso na Universidade do Cairo. No entanto, Obama afirmou que os "Estados Unidos não aceitam a legitimidade e o prosseguimento da colonização israelense", que "viola os acordos assinados e prejudica os esforços de paz". "É hora da colonização cessar", insistiu Obama.

Em relação a Jerusalém, o presidente disse que a cidade precisa ser "a casa segura de judeus, cristãos e muçulmanos".

Liberdade religiosa
Um dos pontos principais do discurso de Obama foi a defesa da liberdade religiosa, que segundo o presidente é algo central às pressoas.

Obama elogiou o islã e disse que a religião tem uma tradição de tolerância, algo visto por ele na Indonésia quando era criança.

O presidente disse que as pessoas devem ser livres para ter a religião que escolherem e que os países ocidentais não devem impôr restrições à maneira dos muculmanos praticarem a fé.

Para mostrar respeito à religião islâmica, em vários momentos do discurso Obama citou o Alcorão (livro sagrado dos muçulmanos).

"Seja consciente de Deus e sempre fale a verdade", disse em uma das vezes.

Direito das mulheres
Para Obama, as mulheres devem ter o direito de escolher se querem ser tratadas iguais aos homens e disse que respeita aquelas que decidem viver de uma maneira mais tradicional.

Mesmo assim, prometeu que os Estados Unidos vão apoiar iniciativas que aumentem o índice de alfabetização de garotas em países muçulmanos, assim como vai ajudar as mulheres a conseguir empregos.

Afeganistão
Os Estados Unidos não têm intenção de manter bases militares permanentes no Afeganistão.

Obama disse que é caro e difícil continuar o conflito, mas que a violência dos extremistas afegão e paquistaneses pode por em risco a vida de norte-americanos. O presidente prometeu sempre usar as ações militares em conjunto com esforços diplomáticos.

Repercussão na Palestina
A Autoridade Palestina saudou e qualificou o discurso de Obama como um "bom começo" nas relações dos muçulmanos com o presidente dos Estados Unidos.
UOL Celular

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