Comitê do Senado dos EUA vota sua versão da reforma da saúde na terça-feira
da Folha Online
O Comitê de Finanças do Senado dos Estados Unidos informou nesta quinta-feira que votará a sua versão da reforma da saúde na próxima terça-feira, enquanto 30 senadores democratas assinaram uma carta exigindo a opção pública no plano definitivo que saia da Câmara Alta.
A votação do Comitê de Finanças é um impulso para os esforços do presidente dos EUA, Barack Obama, para que o Congresso aprove com rapidez a reforma do sistema de saúde do país, a primeira em quase meio século.
O Comitê programou o voto um dia depois que uma análise do CBO (Escritório de Orçamento do Congresso) indicou que sua versão da reforma custaria US$ 829 bilhões em dez anos.
Além disso, sua versão cobriria 94% dos americanos, e reduziria o déficit fiscal em US$ 81 bilhões entre 2010 e 2019.
Paralelo ao aviso ao Comitê, cerca de 30 senadores democratas, entre eles Robert Menéndez, assinaram nesta quinta-feira uma carta dirigida ao líder da maioria, Harry Reid, na qual exigiram que o projeto definitivo do Senado inclua a opção pública.
Outros 14 senadores expressaram apoio a essa opção através de uma resolução.
O senador Menéndez, membro do Comitê de Finanças, disse que dois terços dos americanos apoiam a opção pública por considerar que esta oferecerá opções aos que necessitam de seguro médico, e exigiria prestação de contas do sistema de seguros de saúde.
A opção pública gerou discórdia dentro e fora do Congresso: os republicanos e grupos conservadores afins asseguram que seria impor um sistema socialista, enquanto os progressistas consideram que é a única forma de melhorar a concorrência com as seguradoras privadas.
De todas as maneiras, a versão do Comitê de Finanças terá de ser harmonizada com a do Comitê de Saúde antes do texto final ser submetido à votação no plenário do Senado. Por sua vez, a do Senado terá de ser em consenso com a aprovada na Câmara de Representantes, onde três comitês aprovaram diversos caminhos, mas ainda não há concordância para um texto definitivo nem data para o voto final.
O legislador republicano Paul Ryan falou sobre as queixas da oposição a respeito da proposta democrata inflar os custos da saúde, aumentando o déficit e, não cumprindo o papel principal de ampliar a concorrência no mercado de seguros.
"As economias que os democratas prometem não vão se materializar. A história nos demonstra que cada vez que querem cortar algo do (programa dos aposentados), essas despesas são incorporadas porque é um tema político muito sensível", disse Ryan.
"Só apoiaremos (os republicanos) uma versão que ofereça opções, não mais ingerência do governo. Mas os democratas bloquearam as iniciativas republicanas", queixou-se Ryan, quem promove um plano de saúde inspirado no modelo suíço.
Obama joga a viabilidade política porque durante a campanha eleitoral prometeu reformar o sistema de saúde dos Estados Unidos, onde cerca de 47 milhões de pessoas precisam de seguro médico e milhões têm cobertura precária.
Com Efe
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