E.U.A News (Painel do Paim) - N. 487 da série de 599 Blogs do Coronel Paim - O Porta-Voz

Este blog se destina a registrar aspectos ecológicos do grande país do norte e sua influência sobre a economia internacional e brasileira e a vida do nosso povo, inclusive a preparação ostensiva e sua participação no desfecho do golpe de 1964 e, recentemente, na espionagem das ações do governo brasileiro. .

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Veja repercussão da eleição dos EUA na imprensa internacional

28/04/2008 - 10h39

Colaboração para a Folha Online

Nesta segunda-feira, a mudança no tom dos discursos dos pré-candidatos à Presidência dos Estados Unidos foi tema de reportagens nos jornais norte-americanos "The Wall Street Journal" e "The New York Times".

O "Wall Street" aborda o discurso do provável candidato republicano John McCain no qual cita, pela primeira vez, a polêmica gerada pelos comentários inflamatórios do reverendo Jeramiah Wright, ex-pastor de seu rival democrata Barack Obama.

Em uma postura de ataque direto ao senador democrata, McCain criticou Wright, dizendo que seus comentários são como comparar "a Marinha dos Estados Unidos com legionários romanos que foram responsáveis pela morte de nosso Salvador".

Até este domingo, McCain tinha se mantido afastado das polêmicas e gafes democratas, focando seus ataques unicamente à postura e vida política dos seus rivais. Na semana passada, McCain pediu insistentemente para que os republicanos da Carolina do Norte não divulgassem um anúncio questionando as relações de Obama com Wright.

Já Obama foi tema de reportagem do "NYT" que fala da mudança do tom dos discursos do senador para aumentar seu apelo diante dos eleitores com grandes dificuldades financeiras.

Sem a refinada retórica que abordava uma mudança na política, Obama quer falar mais diretamente das preocupações econômicas dos eleitores, após os sinais de que seu apelo por esperança pode não funcionar com os eleitores financeiramente inseguros ou até mesmo estar afastando-os.

Veja a repercussão da corrida dos pré-candidatos à Presidência dos EUA nos jornais do país:

"USA Today"(EUA)
McCain se fortalece enquanto democratas continuam na batalha
Reprodução
USA Today
USA Today

O senador por Arizona John McCain poderia estar compreensivelmente preocupado: ele pode enfrentar a paisagem política mais difícil da história das disputas presidenciais.

Apenas 39% dos norte-americanos tem uma visão favorável do Partido Republicano que McCain representa, segundo aponta a última pesquisa do USA TODAY/Gallup Poll. Já um número recorde de 63% dizem que a Guerra no Iraque que o partido, na figura do atual presidente George W. Bush, defende foi um erro.

A taxa de desaprovação do presidente Bush, que declarou seu apoio a McCain, aumentou, atingindo 69%, a maior porcentagem desde que o instituto Gallup iniciou suas pesquisas, há 70 anos.

Contudo, no que parece ser a mais promissora eleição para os democratas desde 1976 --quando o escândalo Watergate abriu a porta da Casa Branca para o democrata Jimmy Carter-- a pesquisa do USA TODAY/Gallup mostra que McCain distancia-se de ambos os pré-candidatos democratas, Barack Obama e Hillary Clinton, na liderança das eleições gerais.

"The Washington Post"(EUA)
Democratas estão se registrando em números recordes
Reprodução
Washington Post
Washington Post

Eles se alinharam ombro a ombro na sala cinza do prédio moderno. Suas políticas são tão diversas quanto suas histórias e profissões. Um ex-condenado que precisa de plano de saúde, seguido por um estudante procurando poder, seguido por um veterano da Marinha que quer evitar que seu país quebre.

Como centenas de outros, suas jornadas os levaram aos escritórios do Condado Wake neste mês para se registrarem como democratas pela primeira vez.

A fila de novatos que se prolongava ao longo do andar foi emblemática daquelas que se formaram por todo o país neste ano: eleitores negros, eleitores jovens, republicanos que mudaram de partido --todos se registrando em número recorde e todos se alinhando aos democratas.

A diretora de eleição Cherie Poucher esperou por eles atrás do balcão com uma jarra de canetas e uma pilha de formulários. Ela contratou dez pessoas em uma agência de temporários para ajudar a acelerar o processo no último dia de registro na Carolina do Norte.

"Em 20 anos, eu nunca vi nada assim", disse Cherie.

"The Wall Street Journal"(EUA)
Obama discursa sobre questões cotidianas na Indiana
Reprodução
Wall Street Journal
Wall Street Journal

O pré-candidato democrata Barack Obama transformou seu discurso por mudança para falar mais diretamente das preocupações econômicas dos eleitores enquanto pesquisas indicam que ele disputa acirradamente as primárias de Indiana com Hillary Clinton.

A mudança vem após os sinais de que o apelo de Obama por esperança e mudança pode não funcionar com os eleitores financeiramente inseguros e pode até estar afastando-os.

Em campanha pelo centro de Indiana, que foi atingido duramente pelo fechamento de indústrias durante esta década e onde o desemprego é dois pontos percentuais mais alto que em outros lugares dos EUA, Obama falou sobre como ele poderia ajudar às pessoas a superarem suas dificuldades econômicas.

Seu discurso sem floreios marca uma mudança da última primária na Pensilvânia, onde ele pressionou por mudança sem um gancho direto com a economia.

"Eu não estou interessado em lutar somente para ganhar pontos políticos. Se eu vou lutar por algo será pelo povo americano e o que ele precisa", disse Obama.

"The New York Times"(EUA)
McCain aborda a polêmica de Wright
Reprodução
New York Times
New York Times

Antes de domingo, John McCain não havia se aventurado pela controvérsia gerada pelos comentários inflamatórios do reverendo Jeremiah Wright, ex-pastor de Barack Obama.

McCain inclusive pediu para os republicanos da Carolina do Norte que não divulgassem um anúncio que questionava a conexão de Obama com o reverendo.

Mas McCain, o provável candidato republicano, mudou seu tom em campanha pela Flórida neste domingo, segundo conta Michael Cooper, repórter especial do "NYT".

Em uma coletiva de imprensa, McCain criticou Wright a quem parafraseou "comparando a Marinha dos Estados Unidos com legionários romanos que foram responsáveis pela morte de nosso Salvador" e por "dizer que a al Qaeda e a bandeira americana são a mesma bandeira".

McCain disse não acreditar que Obama, democrata de Illinois, dividia estas visões e que ele ainda era contrário à propaganda da Carolina do Norte. Ele sugeriu ainda que Obama tornou o assunto público quando declarou em entrevista ao Fox News Sunday, mais cedo no mesmo dia, que as questões sobre Wright eram "um assunto político legítimo".

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quarta-feira, 23 de abril de 2008

Veja os possíveis cenários nos EUA após as primárias da Pensilvânia

23/04/2008 - 13h36

Colaboração para a Folha Online

A vitória de Hillary na Pensilvânia permitiu que ela continuasse na corrida pela nomeação democrata com Barack Obama, mas não modificou a posição de liderança do senador.

Os 158 delegados da Pensilvânia foram divididos proporcionalmente entre os pré-candidatos. Como Hillary venceu por 55% contra 45% de Obama, a senadora obteve 80 delegados. Obama ficou com 66.

Na contagem total, o senador por Illinois continua na vantagem, com 1.714 delegados, contra 1.584 de Hillary

Entre os republicanos, o provável candidato John McCain venceu na Pensilvânia com 72% dos votos, contra 16% de Ron Paul e 12% de Mike Huckabee.

Contudo, os eleitores não tiveram efetivamente uma escolha a fazer. McCain já possuía 1.331 delegados, número superior aos 1.191 delegados necessários para determinar a sua provável nomeação para as eleições gerais.

O último rival republicano, o ex-governador de Arkansas Mike Huckabee desistiu da corrida em 4 de março e agora apóia o provável candidato do partido.

Veja os possíveis cenários para a batalha da nomeação presidencial:

Democratas

Mesmo após a vitória na Pensilvânia, Hillary está atrás de Obama em número de delegados e em número de votos populares.

Os dois pré-candidatos agora se preparam para as primárias do dia 6 de maio, que ocorrerão em Indiana --onde os eleitores ainda estão divididos e fazem do Estado um potencial desempate para os democratas-- e Carolina do Norte, onde Obama é favorito.

Se Obama vencer as duas primárias, acabará com as chances de Hillary alcançá-lo na disputa e poderá focar seus esforços na disputa com McCain para as eleições gerais.

Uma vitória de Hillary nos dois Estados poderia fazê-la persuadir alguns superdelegados --oficiais do partido que têm voto livre na convenção nacional de agosto-- a votarem nela.

Após as primárias do dia 6 de maio ainda restarão mais seis eleições primárias até o dia 3 de junho.

Nenhum dos dois pré-candidatos pode alcançar o número de delegados eleitos --2.025-- que garante a candidatura sem precisar do voto dos superdelegados, que somam 800 no partido democrata.

E, para ganhar o apoio dos superdelegados, os pré-candidatos precisam convencê-los de que são a melhor opção para enfrentar o candidato republicano nas eleições gerais de novembro.

O comitê democrata espera que os superdelegados se decidam entre os dois pré-candidatos logo após o fim das primárias, no dia 3 de junho, para que o partido tenha mais tempo para preparar os seu candidato para as eleições nacionais. Caso contrário, o nomeado só será conhecido, em agosto, na Convenção Nacional do Partido.

Republicanos

John McCain, que já obteve os delegados necessários para alcançar a nomeação republicana, já iniciou sua campanha nacional e tenta prever os seus próximos passos para vencer Obama ou Hillary nas eleições gerais de novembro.

Com Reuters

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Folha Online

McCain pede retirada de anúncio contra Obama na Carolina do Norte

23/04/2008 - 14h41

da Reuters, em Inez
Colaboração para a Folha Online

O provável candidato republicano, John McCain pediu nesta quarta-feira que o partido republicano na Carolina do Norte retirasse um anúncio que critica o pré-candidato democrata Barack Obama e trata da sua relação com o pastor Jeremiah Wright.

"Eu falei para eles não fazerem isso", afirmou McCain para repórteres em seu ônibus de campanha enquanto participava de evento contra a pobreza no leste do Kentucky.

"Estou mandando um e-mail a eles pedindo para que eles retirem [os anúncios]. Eu não sei por que o fizeram. Obviamente, eu não os controlo. Mas estou deixando claro que não há lugar para isso na minha campanha".

O anúncio de 30 segundos em questão ataca os candidatos ao governo da Carolina do Norte, Beverly Perdue e Richard Moore, por terem apoiado Obama, e relacionam o senador por Illinois aos discursos do reverendo Wright. A publicidade afirma que Obama é "muito extremista para a Carolina do Norte".

Wright expôs visões inflamatórias dizendo que os EUA eram um país preconceituosos e que a Casa Branca havia espalhado o vírus da Aids para os afro-americanos.

A Carolina do Norte é um dos dois Estados que realizarão as próximas primárias democratas, em 6 de maio, e ajudará a decidir qual dos dois pré-candidatos democratas, Obama ou Hillary Clinton, enfrentará McCain nas eleições presidenciais de novembro.

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Folha Online

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Ser candidato presidencial nos Estados Unidos faz bem ao bolso

18/04/2008 - 17h42


César Muñoz Acebes Washington, 18 abr (EFE).- Ser candidato à Presidência dos Estados Unidos é um trabalho sem salário, mas os três aspirantes a substituir George W. Bush conseguiram multiplicar sua riqueza durante a campanha, segundo suas declarações de renda.

O candidato republicano, o senador John McCain, que foi o último a tornar públicas suas contas e, à simples vista, o mais modesto, revelou hoje que em 2007 ganhou US$ 405.000.

Por sua parte, o senador democrata Barack Obama e sua mulher, Michelle, embolsaram US$ 4,2 milhões em 2007, o que representa um aumento incrível em relação aos exercícios anteriores.

Não alcançaram, no entanto, o casal formado pelo ex-presidente Bill Clinton e a pré-candidata democrata Hillary Clinton, que ganharam US$ 20,4 milhões, segundo sua declaração.

Mas na realidade, onde se trabalha com mais dinheiro é na casa de McCain, pois sua declaração não inclui a renda de sua esposa, Cindy McCain, que é presidente da Hensley and Company, uma empresa familiar de distribuição de cerveja.

Calcula-se que ela possua uma riqueza de cerca de US$ 100 milhões, os quais estão em seu nome porque o casal assinou um acordo pré-nupcial para manter os bens separados.

John McCain está, neste sentido, em uma posição similar à de John Kerry, que foi candidato democrata à Presidência em 2004. Kerry, também senador, é casado com Teresa Heinz Kerry, herdeira de outra fortuna familiar, de cerca de US$ 500 milhões.

A senhora Heinz Kerry revelou sua renda três semanas antes das eleições da época. Cindy McCain, por enquanto, não vai tomar a mesma atitude "para proteger a privacidade de seus filhos", segundo dirigentes da campanha de John McCain.

Os documentos divulgados hoje mostram que Cindy McCain ganhou cerca de US$ 430.000 em salário por seu trabalho para a Hensley and Company, mas não informam sobre os rendimentos de seus investimentos.

Ser casado com uma milionária não ajudou Kerry. Os adversários republicanos "pintaram" ele como um elitista interessado no windsurf - depois que a direção de sua campanha, em um erro tático, publicou uma foto dele em cima de uma prancha -, afastado das preocupações do cidadão comum.

Por outro lado, McCain até agora conservou a imagem de homem impassível e sofrido, ajudado por sua qualidade de ex-prisioneiro de Guerra do Vietnã.

Embora em outros países a riqueza pessoal dos candidatos possa repelir alguns eleitores, ela se transformou na regra nos EUA, onde as campanhas são cada vez mais caras.

Mas dedicar os esforços a falar com o povo comum ao longo do país também beneficia o bolso, pelo menos segundo a experiência dos três políticos que permanecem em disputa com o olho nas eleições presidenciais de novembro.

Para os Obama, a atenção dos meios de imprensa deu um empurrão enorme nas vendas dos dois livros do senador, que geraram um lucro para ele no valor de US$ 4 milhões em 2007, enquanto em 2006 sua renda, incluindo os respectivos salários, não chegou a US$ 1 milhão.

O casal Clinton tem a vantagem de ambos serem famosos e seus livros foram uma fonte substancial de renda. O ex-presidente, por exemplo, ganhou US$ 4,4 milhões nos últimos anos por sua autobiografia, "Minha vida".

A senadora Hillary, por sua vez, embolsou quase US$ 10,3 milhões por seu próprio livro de memórias, "A história viva".

Além disso, quase a metade dos US$ 20,4 milhões, ganhos no ano passado foram honorários do ex-presidente por ter ministrado palestras.

Pequena, em comparação, parece a conta de McCain. Em 2007 sua renda sujeita a impostos, após descontados os abatimentos, somou US$ 258.800, 20% mais que no ano anterior.

McCain ganhou US$ 176.500 com as vendas de seus cinco livros, mas os doou a obras de caridade.

Os aspirantes à Presidência dos Estados Unidos não têm obrigação de divulgar suas contas, mas tradicionalmente fazem-no voluntariamente, após serem indicados por seu partido.
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