E.U.A News (Painel do Paim) - N. 487 da série de 599 Blogs do Coronel Paim - O Porta-Voz

Este blog se destina a registrar aspectos ecológicos do grande país do norte e sua influência sobre a economia internacional e brasileira e a vida do nosso povo, inclusive a preparação ostensiva e sua participação no desfecho do golpe de 1964 e, recentemente, na espionagem das ações do governo brasileiro. .

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Mundo confia mais nos EUA após Obama, diz pesquisa

Washington, 23 jul (EFE).- A imagem dos Estados Unidos melhorou de modo notável após a chegada ao poder do presidente Barack Obama, inclusive no Brasil e com exceção do mundo muçulmano, que ainda se mostra reticente, segundo uma pesquisa publicada hoje pelo centro Pew.

As melhoras mais notáveis, segundo a pesquisa elaborada em 24 países e nos territórios palestinos, foram na Europa Ocidental, onde a imagem dos EUA recuperou os níveis de antes da chegada de George W. Bush à Casa Branca.

Porém, houve também aumento significativo em países da América do Sul, como o Brasil, onde 61% das pessoas acreditam nos EUA, contra 47% que pensavam o mesmo em 2008.

"A imagem dos EUA melhorou notavelmente na maior parte do mundo, o que reflete a confiança global em Barack Obama", diz a pesquisa anual, publicada com o título de "Relatório sobre Atitudes Globais".

A maior mudança foi registrada na França. Em 2008, só 42% dos cidadãos viam com bons olhos os EUA, enquanto este ano a parcela subiu para 75%, uma diferença de 33 pontos.

A Alemanha registra uma diferença similar, 31% em 2008 contra 64% este ano.

No México, 69% da população expressa uma boa opinião sobre o país vizinho, contra 47% que faziam o mesmo ano passado.

Por outro lado, entre os países muçulmanos a mudança é mínima, com a única exceção da Indonésia, onde Obama passou parte de sua infância e a aceitação dos EUA subiu de 37% a 63%.

Na Jordânia e no Egito, a favorabilidade subiu apenas seis e cinco pontos, respectivamente, para ficar em 25% e 27%.

No Líbano, se registra uma alta de 51% para 55%, quatro pontos, enquanto no Paquistão a popularidade dos EUA diminuiu de 19% para 16%.

A imagem americana também cai em Israel, onde se durante o mandato de Bush 78% se declaravam a favor dos EUA, o número cai agora a 71%, um recuo de sete pontos percentuais.

O olhar positivo em relação aos EUA permanece invariável em países como a Turquia e nos territórios palestinos.

A análise do centro Pew aponta também que a mudança na atitude vem empurrada não só pelas opiniões dos indagados sobre as medidas específicas em política externa americana, mas também pela boa imagem pessoal de Obama.

Até nos países onde os EUA seguem tendo uma imagem ruim, porcentagens consideráveis da população acreditam que Obama "fará o correto" em política externa.

UOL Celular



Acesse o Site de Edson Paim e o do New York Times e leia as Notícias do Dia:


http://www.edsonpaim.com.br/


http://www.nytimes.com/

domingo, 19 de julho de 2009

The New York Times Journal no Painel do Paim

Acesse o Site de Edson Paim e o do New York Times e leia as Notícias do Dia:


http://www.edsonpaim.com.br/


http://www.nytimes.com/

terça-feira, 7 de julho de 2009

EUA negam reunião com comissão do governo hondurenho, mas receberão presidente deposto

O porta-voz do Departamento de Estado americano, Ian Kelly, desmentiu nesta segunda-feira informações de que o país receberia uma delegação do governo interino hondurenho para restabelecer o diálogo com a OEA (Organização dos Estados Americanos), mas confirmou que se reunirá com o presidente deposto, Manuel Zelaya, que deve chegar aos EUA nesta terça-feira. Há informações não confirmadas, fornecidas por funcionários do departamento, de que a secretária de Estado, Hillary Clinton, também se reunirá com Zelaya.

Entenda a crise política existente em Honduras
Golpe em Honduras repete roteiro do século 20
Sem apoio do partido, Zelaya espera reação popular
Veterano, Micheletti chega à Presidência após golpe

"Não sabemos nada sobre essa delegação, mas se representa o 'regime de fato', o Departamento de Estado não se reunirá com ela", porque se trata de um governo que os EUA não reconhecem. A decisão reflete o isolamento do governo interino, oito dias depois da deposição de Zelaya e de sua expulsão do país. Os EUA também condenaram de forma veemente nesta segunda-feira a violência contra manifestantes em Honduras e pediram o retorno ao poder do presidente deposto.

O possível encontro de Zelaya com a chefe da diplomacia americana representaria um passo do governo de Barack Obama para envolver-se mais na crise do país centro-americano. Até o momento, as respostas mais contundentes à derrubada de Zelaya, retirado do cargo no dia 28 por militares apoiados pelo Congresso e pela Justiça, vieram dos países latino-americanos e da OEA, que suspendeu o país no último sábado.

O encontro, previsto para esta terça-feira, seria o contato de mais alto nível do governo americano com Zelaya desde sua deposição, dois dias depois que sua fracassada tentativa de voltara a Honduras aprofundou a crise política do país, com duas mortes de manifestantes, atribuídas pela oposição ao governo e pelo governo aos manifestantes.

Obama condenou a deposição de Zelaya e os EUA, como todos os demais países, não reconhecem o governo interino hondurenho, mas mesmo assim o presidente venezuelano, Hugo Chávez, cobrou neste domingo uma negação mais firme de Washington a qualquer apoio ao novo governo de Honduras.

Em sua entrevista coletiva diária, o porta-voz do Departamento de Estado explicou que Zelaya se reuniu no domingo à noite, em El Salvador, com um representante americano e "que seus planos são permanecer nesta segunda-feira no país e retornar amanhã aos EUA".

Kelly disse que ainda não marcou encontros com Zelaya, mas acrescentou que tem "certeza de que teremos uma reunião de alto nível com ele".

No domingo de manhã, horas antes do frustrado retorno do presidente deposto a seu país, o secretário de Estado adjunto dos EUA para a América Latina, Thomas Shannon, e o conselheiro adjunto de Segurança Nacional da Casa Branca para a América Latina, Dan Restrepo, se reuniram com Zelaya, afirmou Kelly.

Outro porta-voz do Departamento de Estado dissera mais cedo que não há planos nem para a secretária de Estado, Hillary Clinton, nem para outros altos funcionários de se reunirem nesta segunda-feira com o Zelaya.

O objetivo dos EUA continua sendo conseguir a restauração da ordem democrática em Honduras, o que significa o "retorno do presidente democraticamente eleito a Tegucigalpa", insistiu Kelly.

Kelly também condenou "o uso da força nos últimos dias contra manifestantes em Tegucigalpa", depois de enfrentamentos entre seguidores de Zelaya e militares, no aeroporto da capital do país, que deixou um saldo de dois mortos e 10 feridos.

O porta-voz pediu ainda a todos os Estados-membros da OEA que atuem, individual e coletivamente, "em uma maneira que proteja e melhore o bem-estar dos hondurenhos, mantendo os contatos com a sociedade civil e o fluxo de ajuda humanitária e rejeitando a incitação e o uso da violência para conseguir uma mudança política".

Mortes

O novo chanceler hondurenho, Enrique Ortez, confirmou nesta segunda-feira a morte de duas pessoas em confronto entre a polícia e manifestantes. O chanceler afirmou ainda que a polícia "não fez nenhum disparo" e culpou os próprios manifestantes pelas mortes.

Neste domingo, centenas de manifestantes se reuniram no aeroporto internacional de Tegucigalpa, capital de Honduras, para aguardar o avião Falcón, de propriedade venezuelana, que trazia Zelaya de volta ao país. O governo interino, contudo, ordenou que o Exército ocupasse as pistas do aeroporto e impedisse a decolagem da aeronave, que foi obrigada a retornar para Nicarágua.

Em entrevista à rádio Cooperativa de Santiago, no Chile, ele afirmou nesta segunda-feira que os disparos efetuados durante os confrontos vieram dos próprios "oposicionistas".

"Não há nenhuma responsabilidade das forças de segurança", afirmou o chanceler do governo do presidente interino, Roberto Micheletti. Segundo Ortez, os protestos deixaram ainda dez feridos.

Ortez afirmou ainda que "tudo está em ordem" em seu país, onde o toque de recolher foi estendido em uma tentativa de conter os protestos pró-Zelaya.

"Zelaya foi presidente [...] e não vai entrar no território. Porque eles tinham um plano, até onde sei eu, que era aterrissar em terra hondurenha, fazer uma chamada à comunidade internacional e pedir que as Forças Armadas da Venezuela entrassem no país", acrescentou.

Ortez acrescentou que essa situação teria levado a uma "confusão muito grande" em seu país. "Teríamos tido que recorrer às armas para defender a soberania nacional", advertiu.

Ortez afirma ainda que há fotos aéreas que provam que o Exército da Nicarágua fez mobilizações na fronteira, mas, após uma solicitação "cordial", interromperam esses movimentos. O governo e o Exército da Nicarágua negaram a mobilização.

"Só há uma coisa que não é negociável: o retorno do ex-presidente Zelaya", disse.

Golpe

Zelaya foi derrubado do poder no último dia 28 em um golpe orquestrado pela Justiça e pelo Congresso e executado por militares, que o expulsaram para a Costa Rica. O golpe foi realizado horas antes do início de uma consulta popular sobre uma reforma na Constituição que tinha sido declarada ilegal pelo Parlamento e pela Corte Suprema.

"Fui retirado da minha casa de forma brutal, sequestrado por soldados encapuzados que me apontavam rifles", contou o presidente deposto, após chegar ao exílio na Nicarágua.

"Diziam: "se não soltar o celular, atiramos". Todos apontando para minha cara e o meu peito. [...] Em forma muito audaz eu lhes disse: 'se vocês vêm com ordem de disparar, disparem, não tenho problema de receber, dos soldados da minha pátria, uma ofensa a mais ao povo, porque o que estão fazendo é ofender o povo"."

De acordo com os parlamentares hondurenhos, a deposição de Zelaya foi aprovada por suas "repetidas violações da Constituição e da lei" e por "seu desrespeito às ordens e decisões das instituições". Segundo os seus críticos, com a consulta, Zelaya pretendia instaurar a reeleição presidencial no país. As próximas eleições gerais serão em 29 de novembro.

Depois da saída de Zelaya do país, no Congresso de Honduras, um funcionário leu uma carta com a suposta renúncia, o que ele nega. Zelaya diz ter sido alvo de "complô da elite voraz"; e seu sucessor, Micheletti, diz que o golpe foi um "processo absolutamente legal".

Com agências internacionais