E.U.A News (Painel do Paim) - N. 487 da série de 599 Blogs do Coronel Paim - O Porta-Voz

Este blog se destina a registrar aspectos ecológicos do grande país do norte e sua influência sobre a economia internacional e brasileira e a vida do nosso povo, inclusive a preparação ostensiva e sua participação no desfecho do golpe de 1964 e, recentemente, na espionagem das ações do governo brasileiro. .

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Obama começa a mudar história (Tribuna da Imprensa)




CHICAGO (EUA) - O senador democrata Barack Obama escreveu seu nome na história dos Estados Unidos na última terça-feira, ao ser eleito o primeiro presidente negro do país. Impulsionado por uma mensagem de renovação política e social, o senador democrata por Illinois conseguiu uma vantagem considerável sobre seu rival, o republicano John McCain.

Até ontem à noite, Obama somava 359 votos no Colégio Eleitoral. McCain, por sua vez, tinha 162 dois delegados. A apuração continua em dois estados sem que seja possível apontar um vencedor. Nos Estados Unidos as eleições são indiretas e o voto popular é convertido em delegados no Colégio Eleitoral. Para vencer, um candidato precisa de pelo menos 270 dos 538 votos no Colégio.

No voto popular, com a apuração já perto do fim, Obama tinha 52,3% dos sufrágios, contra 46,4% para McCain. Em uma votação com alto índice de comparecimento, Obama tornou-se o primeiro democrata a conseguir mais da metade dos votos populares desde 1976, quando Jimmy Carter foi eleito. A vitória de Obama representa um forte rechaço à gestão de George W. Bush, no fim de seu segundo mandato. O máximo que Bush conseguiu no Colégio Eleitoral nas duas eleições que venceu foi 286 votos.

Obama avançou sobre Estados que antes eram bastiões republicanos, como a Flórida, Indiana e Virgínia. Além disso, conservou os que tradicionalmente apóiam os democratas. O senador em primeiro mandato, de 47 anos, filho de uma mãe branca do Kansas e de um pai negro do Quênia, explorou o profundo descontentamento atual e prometeu uma era de mudanças e esperança ao longo de uma campanha impecável de 21 meses.

Falando diante de uma multidão em um parque de Chicago, ele afirmou que o país enfrenta "os maiores desafios: duas guerras (no Iraque e no Afeganistão), um planeta em perigo, a pior crise financeira em um século". "Se há alguém que ainda duvida que nos Estados Unidos tudo é possível, pergunta se o sonho dos pais da pátria segue vivo, questiona o poder de nossa democracia, esta noite tem sua resposta", afirmou Obama em seu primeiro discurso como presidente eleito.

Previu que a estrada à frente será longa. "Nossa escalada será íngreme. Podemos não conseguir chegar lá em um ano ou mesmo num mandato, mas nunca como nesta noite tive tantas esperanças de que chegaremos lá." Acompanhado por sua esposa, Michelle, e pelas duas filhas, Obama reconheceu a natureza histórica de sua vitória. "Foi uma longa espera, mas, por causa do que fizemos nesta eleição, neste momento decisivo, a mudança chegou à América", discursou.

"Haverá muitos que não concordarão com todas as medidas que eu venha a adotar como presidente, e sei que o governo não pode resolver todos os problemas", reconheceu. "Mas sempre serei honesto com vocês diante dos desafios pela frente." Seus partidários aclamavam e vibravam, com bandeiras. Muitos choraram, incluindo o reverendo Jesse Jackson, ativista pelos direitos civis e defensor dos negros. Em cidades de todo o país se ouvia buzinas. No bairro nova-iorquino do Harlem, milhares de pessoas se reuniram em uma praça perto do legendário Teatro Apollo. Em Washington, outros milhares se concentraram perto da Casa Branca para gritar: "Fora Bush!".

Obama cruzou uma porta aberta há 145 anos quando Abraham Lincoln, outro político de Illinois, concedeu a liberdade aos escravos afro-americanos em meio a uma sangrenta guerra civil. O novo presidente assume em 20 de janeiro, 43 anos depois do fim de uma lei que na prática impedia os negros de votar em muitos Estados do sul do país.

A corajosa decisão de Obama de lutar por Estados que não favoreciam os democratas no passado rendeu dividendos. Seu triunfo se confirmou com vitórias nos Estados tradicionalmente republicanos como Iowa, Flórida e Virgínia. Neste último, nenhum democrata vencia desde Lyndon Johnson em 1964.
Derrota

Pouco após às 23 horas da última terça-feira (hora local, pouco após às 2 horas de ontem em Brasília), McCain reconheceu a derrota. "Tive a honra de ligar ao senador Obama para parabenizá-lo", declarou o republicano diante de partidários no Arizona. "O povo norte-americano se pronunciou, e o fez claramente." McCain disse admirar a capacidade de Obama levar esperança a setores pouco favorecidos da sociedade. "Me comprometo a fazer tudo que estiver a meu alcance."

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