E.U.A News (Painel do Paim) - N. 487 da série de 599 Blogs do Coronel Paim - O Porta-Voz

Este blog se destina a registrar aspectos ecológicos do grande país do norte e sua influência sobre a economia internacional e brasileira e a vida do nosso povo, inclusive a preparação ostensiva e sua participação no desfecho do golpe de 1964 e, recentemente, na espionagem das ações do governo brasileiro. .

sábado, 17 de outubro de 2009

Morales e Chávez desafiam Obama a honrar Nobel suspendendo bloqueio a Cuba

Cochabamba (Bolívia), 17 out (EFE).- Os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e da Venezuela, Hugo Chávez, desafiaram hoje o chefe de Estado americano, Barack Obama, a fazer por merecer o Nobel da Paz recém-conquistado suspendendo o bloqueio econômico imposto a Cuba.

Tanto Morales como Chávez, que participam da cúpula da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba), disseram que os Estados Unidos deveriam suspender o embargo, imposto em 1962.

"Obama não merece (o Nobel). É preciso ver o acontece nos próximos anos. Veremos se ele o merece", afirmou o chefe de Estado venezuelano.

Por sua vez, Morales desafiou Obama suspender o bloqueio contra Cuba e lembrou que, em 28 de outubro, as Nações Unidas votarão a favor ou contra da continuidade da medida.

"Só dois países rejeitam a suspensão do bloqueio econômico: Israel e EUA. Obama tem que cumprir este mandato do mundo e suspender o embargo econômico. Ele tem dois caminhos: se submeter ao mundo ou se submeter a Israel", afirmou.

Os países da aprovarão hoje uma declaração contra o bloqueio econômico e comercial dos EUA a Cuba durante a cúpula que acontece na cidade de Cochabamba, no centro da Bolívia.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

A fúria da extrema-direita dos EUA contra Barack Obama

O que em qualquer outro país democrático ocidental seriam grupos marginais, propícios para o manicômio, nos EUA contam com grandes meios de comunicação – como a cadeia Fox – e capacidade de mobilização massiva para expressar seus delírios ideológicos. Há algumas semanas, estes grupos capazes de detectar comunistas nos locais mais inesperados, estão em pé de guerra contra a reforma da saúde, proposta por Obama, que em qualquer país europeu não chegaria a merecer o título de social-democrata. O artigo é de Pablo Stefanoni.

São os mais conservadores entre os conservadores, os mais libertarians entre os libertarians, os ultras, a direita da direita mais recalcitrante, os que não são chegados a sutilezas e acreditam que o governo de Barack Obama – flamante Prêmio Nobel da Paz – está levando os Estados Unidos ao comunismo e ao nazismo ao mesmo tempo, os que negam o primeiro presidente negro nascido no Hawaí...Mas o que em qualquer outro país democrático ocidental seriam grupos marginais, propícios para o manicômio, nos EUA contam com grandes meios de comunicação – como a cadeia Fox – e capacidade de mobilização massiva para expressar seus delírios ideológicos. Há algumas semanas, estes grupos capazes de detectar comunistas nos locais mais inesperados, estão em pé de guerra contra a reforma da saúde, proposta por Obama, que em qualquer país europeu não chegaria a merecer o título de social-democrata, mas que, nos EUA, é considerada pela direita o primeiro passo na direção de um Estado totalitário. Chamam esse “movimento de resistência” de Tea Party, uma referência ao motim do chá desencadeado em 1773 contra o aumento de impostos para vários produtos – incluindo o chá – e que é considerado o prelúdio da luta pela independência.

A campanha de ódio contra Obama – diz o diário El País – colocou em pé de guerra locutores de rádio, apresentadores de televisão e internautas enlouquecidos da extrema-direita norteamericana. Rush Limbaugh, com seu microfone, ou Glenn Beck – o novo homem duro dos radicais – convocam a insurreição desde os estúdios da Fox. “Estão nos roubando a América e quiçá seja muito tarde para salvá-la”, disse Beck a seus seguidores em uma intervenção radiofônica. O fundamentalista Limbaugh chegou inclusive a falar de racismo invertido e usou como exemplo para acabar com o governo democrata um incidente onde estudantes negros golpearam um garoto branco em um ônibus. Limbaugh pediu “ônibus segregados”. “Nos Estados Unidos de Obama, os garotos brancos são golpeados e os negritos aplaudem”, disparou.

O delírio como categoria política
“Lower taxes, less government, more freedom” (Impostos mais baixos, menos governo, mais liberdade) é o lema do Freedomworks. Como em tantos outros fóruns ultraconservadores, colocaram-se em pé de guerra contra um discurso de Obama para crianças de uma escola de Virgínia no dia do início das aulas, onde o presidente disse coisas tão terríveis como sugerir que trabalhassem duro para atingir o êxito. “Necessitamos que cada um de vocês desenvolva seus talentos, sua inteligência e suas habilidades para poder resolver nossos problemas mais difíceis. Se não fizerem isso, se abandonarem a escola, não si estarão abandonando a vocês mesmos, como também a vosso país”. E pediu aos estudantes que mandassem cartas para “ajudar o presidente”. Mas o que em qualquer parte seria aceito como um estímulo politicamente correto aos jovens, as delirantes cabeças da extrema-direita norte-americana – amante das armas, da supremacia branca e inimiga número um do Estado – interpretaram a mensagem como uma lavagem cerebral própria de ditadores como Mão, Stalin ou o genocida cambojano Pol Pot. Grupos como Focus on the Family pediram neste dia aos pais para que boicotassem o ato, que foi transmitido para outras escolas.

Mas hoje a batalha é pela saúde. Os conservadores e “libertários” de direita (libertarians) se opõem à reforma de um sistema de saúde que exclui quase 50 milhões de pessoas (15% da população), acentua as desigualdades e deixa todo mundo nas mãos de planos de saúde privados. Em um artigo na revista Umbrales de América del Sur, Ernesto Semán escreve que a metade dos pedidos de falência individuais durante 2007 estão relacionados com o pagamento de contas médicas daqueles que carecem de um seguro médico abrangente. E Michael Moore, em seu famoso documentário, comoveu aos espectadores com os perversos padecimentos que sofrem os “segurados” frente aos advogados contratados pelas empresas de saúde para encontrar razões legais para rechaçar os tratamentos.

Ameaça de morte pelo Facebook
“Nem sequer é um dos nossos”, dizia uma manifestante que distribuía fotocópias da certidão de nascimento de Obama, assegurando que ele não é um cidadão norte-americano, em uma das marchas de protesto, em setembro. “Temos um presidente ilegítimo. Um presidente que vai acabar com a América e os americanos. Chegou o momento de agir, abaixo o governo”.

Neste clima, os serviços secretos dos EUA começaram a levar o assunto muito a sério e iniciaram uma investigação sobre uma pesquisa criada na rede social Facebook, na qual se perguntava se Obama deveria ser assassinado. A enquête foi retirada pela empresa por “conteúdo inapropriado”, o que impediu que os resultados fossem conhecidos. “Cada dia ganha mais peso a possibilidade de que os militares tenham que intervir como último recurso para solucionar o problema Obama”, escreveu o colunista do site Newsmax, fórum de encontro de extremistas na internet, reproduzido no matutino El País. E na rebelião contra a reforma da saúde, que levou a direita para a rua, confluem dezenas de organizações conservadoras, desde o Clube para o Crescimento, o Instituto para a Empresa Competitiva, até o obscuro Centro para os Direitos Individuais Ayn Rand – assinala o jornalista Michael Tomasky, na prestigiada revista The New York Review of Books, que estima que este movimento do partido do chá poderia ter o apoio de aproximadamente 25% do eleitorado estadunidense.

A influência de Ayn Rand
A filósofa Ayn Rand – autora de A Nascente (1943) e Quem é John Galt? (1957) – é uma boa base para entender os chamados “minarquistas” (partidários de um Estado super mínimo) ou os liberais libertários (libertarians). Nascida na Rússia em 1905 e emigrada para os EUA em 1925, foi uma defensora sem matizes do egoísmo racional, do individualismo extremo e do capitalismo laissez-faire. Ela escreve em A Nascente: “O ego do homem é a nascente do progresso humano”. Com efeito, o personagem da novela é um arquiteto com “um ego puro e cristalino não contaminado pelo detrito de vulgaridade coletiva”. Nada o perturba; nem os clientes nem as penúrias econômicas conseguem transformar sua idéia de beleza que exterioriza por meio de suas angulosas construções e arranhas céus. Deste modo, se conquista o ódio dos coletivistas, daqueles que aspiram à felicidade do conjunto e matam o ego para obter algo que está fora de seu alcance: a felicidade coletiva.

“O verdadeiro egoísmo é belo, natural, gratificante; não há nada mais harmônico do que seres humanos trocando o produto de seu esforço, de sua criatividade. É um ato de amor. A piedade, porém, implica superioridade; o altruísmo implica desprezo superlativo em relação ao humano; a solidariedade implica submissão, dominação, infelicidade. A única solidariedade possível é a lealdade consigo mesmo, porque aquele que não ama a si mesmo, não pode amar aos demais. O que assim age sente unicamente desprezo e só busca mitigar sua carga de culpa, redimindo-a com um ato de oferenda ao monstro devorador de almas”, diz um blog entusiasta desta filosofia “objetivista”.

Quem é John Galt? é ainda mais explícito: “Essa história apresenta o conflito de dois antagonistas fundamentais, duas escolas opostas da filosofia, duas atitudes opostas diante da vida. Como forma breve de identificá-las, as chamarei de o eixo “razão-individualismo-capitalismo” contra o eixo “misticismo-altruismo-coletivismo”, explicava a autora em uma conferência no fórum Ford Hall, em 1964. O livro divide a fibra social dos EUA em duas classes: a dos saqueadores e a dos não saqueadores. Os saqueadores estão dirigidos pela classe política, que pensa que toda atividade econômica deve ser regulada e submetida a uma forte imposição fiscal. Já os não saqueadores são homens empreendedores que pensam que a solução está justamente no contrário. A trama: surge um movimento de protesto dos “homens da mente”, acompanhado de sabotagens de empresários e empreendedores, que desaparecem misteriosamente. O líder deste movimento é John Galt, ao mesmo tempo filósofo e cientista. Galt, desde seu esconderijo nas montanhas, dá ordens, sugere iniciativas e move todos os fios. Junto a ele se refugiam os principais empresários. Durante o tempo que dura a greve e a desaparição dos empresários, o sistema americano vai soçobrando sob o peso do cada vez mais opressivo intervencionismo estatal. A obra termina quando os empresários decidem abandonar seu esconderijo nas Montanhas Rochosas e regressam a Wall Street e aos centros de decisão; marcham tendo o dólar como estandarte, símbolo escolhido por Galt como ícone de sua singular rebelião.

“Por que não colocar um site para que a gente vote pela internet, como um referendo, para ver se realmente queremos subvencionar as hipotecas dos perdedores, ou nos dar a chance, ao menos, de comprar carros e casas em execução hipotecária e dar às pessoas uma oportunidade de prosperar realmente e recompensar aqueles poderiam levar a água ao invés de bebê-la?”, perguntava-se na cadeia CNCB um de seus jornalistas em Chicago, em fevereiro deste ano, na conhecida como “diatriba Santelli” – que apelou abertamente a Ayn Rand assim que a administração Obama anunciou um plano de 75 bilhões de dólares para ajudar vários milhões de proprietários de casas a evitar a execução. Ali nasceu o “partido do chá”, que se expandiu como um rastro de pólvora.

"Parasita em chefe"
Michael Tomasky, no artigo citado, distingue a ira “genuína” da parte da cidadania que rechaça o resgate bancário, o resgate da indústria automobilística e inclusive a reforma da saúde, de outros tipos de ódio, “menos respeitáveis”, contra o primeiro mandatário afroamericano, como o epíteto de “Parasite-in-Chief” (parasita em chefe, parafraseando o título de Comandante em Chefe do Presidente dos EUA), ou “Obammunism is Communism”. Essa histeria chegou a tal ponto que o colunista Thomas Friedman comparou a atual situação vivida nos EUA com os meses anteriores ao assassinato de Isaac Rabin em Israel, em 1995. “Esse paralelismo me revolve o estômago. Não tenho problema com as críticas razoáveis, venham da direita ou da esquerda”, escreveu Friedman no The New York Times, “mas a extrema direita começou a se dedicar a deslegitimar o poder e criar o mesmo clima que existiu em Israel antes do assassinato de Rabin”.

Tomasky sustenta que com apoio de corporações e canais de televisão – recursos com os quais a esquerda não contava quando protestava contra o neoliberalismo de Ronald Reagan -, é possível que esta batalha de rua dos ultraconservadores e ultraliberais seja parte da paisagem política dos próximos anos. O jornalista do The New York Review of Books descreve o mecanismo dos chamados grupos “césped artificial”, supostamente alimentados por espontâneos cidadãos indignados. Primeiro, um grupo sem fins lucrativos empreende uma campanha dedicada a uma causa particular. Adota um nome que soa bonito e lança uma campanha supostamente espontânea. Logo vem o dinheiro oculto de empresas, fundações e conservadores ricos: obviamente, uma imagem da fúria popular-cidadã ampliada será mais persuasiva do que a imagem de um gigante corporativo perseguindo seus estreitos e desnudos interesses.

Um desses grupos é Americans for Prosperity (Americanos para a Prosperidade) que lançou o site Pacientes Unidos Agora. Em anúncios televisivos, mostravam, por exemplo, uma mulher canadense (Shola Holmes) que, por culpa do excessivo tempo de espera do “socialista” sistema de saúde desse país vizinho não podia operar um tumor cerebral e foi obrigada a ir para uma clínica privada nos Estados Unidos...Mais tarde, a imprensa de Ottawa informava que, na verdade, Holmes não tinha nenhum tumor, só um quisto benigno. Em um encontro na Flórida para discutir o projeto do novo sistema de saúde, o militante de um grupo ultraconservador foi mais preciso: “O que Obama está buscando é uma revolução social”. (E, na verdade, o projeto é revolucionário para os EUA: a reforma proíbe, por exemplo, expulsar do sistema aqueles que estão gravemente enfermos, mesmo que deixem de pagar os seguros privados; além disso, estabelece uma concorrência entre as seguradoras privadas e um novo seguro de saúde, administrado pelo Estado).

Mas não são apenas grupos conservadores que estão nesta batalha. A America’s Health Insurance Plans, a gigantesca seguradora privada, segundo repórteres da imprensa progressista, teria mobilizado seus 50 mil empregados para as eleições municipais deste verão (estadunidense) para lutar contra a reforma Obama, em um país onde a saúde é um grande drama econômico e humanitário nacional.

Tomasky destaca que, hoje, milhões de estadunidenses só vêem os canais de notícias que dizem o que eles querem ouvir, como Glenn Beck, da Fox, que “descobriu” no relevo do Rockefeller Center sinais ocultos que – convenientemente olhados – conformariam a foice e o martelo comunista (sic). Beck é também famoso por dizer que Obama é um racista com um profundo ódio aos brancos e à “cultura branca”. Em algumas noites, ele tem mais de três milhões de espectadores.

Como explica Seman, a efetividade do discurso ultraconservador para capturar o debate, para recuperar-se depois de uma eleição na qual apareceu relegado às margens da política, e para inibir e debilitar seus oponentes, tem a ver com a maleabilidade do liberalismo político norteamericano e o êxito que tem, há mais de meio século, em apresentar a mudança social como uma ameaça totalitária. E agrega: Nos Estados Unidos, a expressão “cobertura universal” é usada como acusação. É comum nestes dias ver na televisão algum deputado republicano atacando seu colega democrata aos gritos de: “O que o deputado está propondo é uma cobertura universal automática”. Mais surpreendente ainda é, imediatamente depois, ver o deputado democrata defendendo-se da acusação. “De nenhuma maneira proponho uma cobertura universal. O que queremos é fazer um sistema mais eficiente e justo, e menos custoso”.

A derrota de Bill e Hillary Clinton quando tentar aprovar uma reforma da saúde similar foi um ponto de inflexão. Obama trava uma luta parecida agora contra os inimigos do “big government”.

Moral da história: uma dose moderada de liberalismo parece ser boa para defender a democracia e prevenir-se de totalitarismos. Mas, como tudo, em excesso parece deixar doentes (psicologicamente) as pessoas, que, aliás, foram deixadas previamente sem seguro médico.

Tradução: Katarina Peixoto

Fonte: CARTA MAIOR

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Comitê do Senado aprova reforma da Saúde de Obama


13/10 - 20:50 - AFP

Logo AFP

A reforma do sistema de Saúde promovida pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, recebeu sinal verde nesta terça-feira do decisivo Comitê de Finanças do Senado.

O projeto passou no Comitê por 14 votos contra 9, e teve o apoio da senadora republicana moderada Olympia Snowe.

"Nosso plano dará cobertura (médica) a mais 23 milhões de americanos", disse o presidente do Comitê, o democrata Max Baucus, ao abrir a sessão nesta terça-feira.

O projeto deverá ser unido agora ao texto aprovado pela Comissão de Saúde do Senado, em julho passado, antes de ser levado à votação no plenário.

"Assumimos o compromisso de adotar uma lei que reduza os custos, estimule a livre concorrência, melhore a qualidade do atendimento e dê opção ao usuário", disse o líder da maioria democrata, Harry Reid, ao saudar a decisão do Comitê.

O presidente do Comitê de Finanças, Max Baucus, havia iniciado a sessão advertindo que "tudo já foi dito, agora é tempo de agir".

emp/LR

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

http://nytimes.com/

Estudo: economistas consideram que recessão nos EUA terminou (Postado por Danuza Peixoto Zambrana)

A maioria dos financeiros americanos considera que a recessão nos Estados Unidos já terminou e prevê uma recuperação do crescimento econômico no país de 2,9% no final de ano, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira pela Associação Nacional de Economistas de Empresas (Nabe, na sigla em inglês).

"A grande recessão acabou", disse a economista-chefe da Universidade de Point Loma Nazarene (Califórnia), Lynn Reaser, que apesar das boas perspectivas advertiu que os pontos de maior preocupação são o alto endividamento do governo e o elevado desemprego.

Em um comunicado de imprensa divulgado nesta segunda-feira, Lynn afirma que, segundo uma enquete da Nabe, "a grande maioria dos economistas empresariais acreditam que a recessão terminou, embora a recuperação econômica seja moderada".

Além disso, assinalou que após a contração de 6,4% do crescimento econômico no primeiro trimestre do ano e de 0,7% no segundo, "a Nabe prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá a um ritmo de 2,9% na segundo semestre", e de 3% em 2010.

A Nabe assegura também que mais de 80% desses profissionais acredita que "os mais de três anos de queda no setor de habitação também estão perto de seu fim, com um crescimento substancial para o próximo ano".

A analista acrescentou que as principais "áreas de preocupação são os fortes incrementos do endividamento em nível federal e as taxas de desemprego que se espera que sigam elevadas ao longo do próximo ano". Nesse sentido, os analistas preveem uma taxa de desemprego de 10% para o primeiro trimestre de 2010, para ficar durante o resto do próximo ano em torno de 9,5%, enquanto esperam que "a inflação seja contida".

No início de outubro, o Departamento de Trabalho dos EUA anunciou que em setembro o desemprego era de 9,8%, o mais alto desde os anos 80.

"A boa notícia é que esta longa e profunda recessão parece ter terminado e que a economia dos EUA pode voltar ao caminho do crescimento sólido ao longo do ano, sem temores de um aumento da inflação", segundo a Nabe.

Sobre esse indicador, a pesquisa mostra que para a maioria dos economistas a inflação "seguirá baixa", e que se situará em torno de 1,5% em 2010, um décimo a mais que o esperado para o final do ano.

Sobre o setor da construção, os economistas da Nabe indicaram que os investimentos já aumentaram 38% e 8% no âmbito residencial, enquanto esperam que 2010 "seja o primeiro anos desde 2005 em que o setor contribuirá com o crescimento global" do país.

Os analistas esperam que, após o setor ter chegado ao fundo do poço ao longo deste ano, os preços das casas "aumentem 2% em 2010". No entanto, sua preocupação principal sobre o setor continua sendo a perda dos empregos e o reduzido acesso ao mercado de crédito.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Barack Obama ganha Nobel da Paz 2009

Do UOL Notícias
Em São Paulo*
Atualizado às 6h54

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, venceu o prêmio Nobel da Paz por seus esforços para reduzir os estoques de armas nucleares e por seu trabalho pela paz mundial.

Primeiro presidente americano de origem africana, Obama também trabalhou para reiniciar o estagnado processo de paz no Oriente Médio desde que assumiu o cargo, em janeiro deste ano.

O comitê também citou os "esforços extraordinários" de Obama para "fortalecer a diplomacia e a cooperação entre os povos". O prêmio no valor de 10 milhões de coroas suecas (US$ 1,4 milhões) será entregue em Oslo, a capital da Noruega, em 10 de dezembro.
  • Liester Filho/Folha Imagem - 15.jun.2005

    Primeiro presidente americano de origem africana, Obama foi escolhido por seus esforços na redução dos estoques de armas nucleares e por reiniciar o estagnado processo de paz no Oriente Médio



O anúncio causou surpresa. Além de Obama, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, era um dos candidatos, mas ambos não eram tidos como favoritos. As indicações são feitas por milhares de pessoas de todo o mundo, tais como parlamentares, ministros, ganhadores de anos anteriores, professores universitários e membros de organizações internacionais. Os nomes são mantidos em segredo pelo comitê, mas alguns acabam vazando.

Para a edição deste ano, foram 205 indicados, entre pessoas e organizações. "Trata-se de um número recorde, depois de 2005, quando foram apresentadas 199 candidaturas", informou o diretor do Instituto Nobel, Geir Lundestad.

O comitê, que esperou até o último momento, fez sua escolha em uma última reunião celebrada na segunda-feira (5). Dada a quantidade de indicados e sem um grande favorito, o Comitê Nobel precisou se reunir neste ano mais vezes do que o habitual para poder designar o premiado. "Tivemos mais reuniões que de costume, pois desta vez havia um grande número de candidatos, porque dois de nossos membros são novos e porque tentamos utilizar o tempo que temos para fazer a melhor escolha", explicou Lundestad.

Vencedores das edições anteriores
No ano passado, o prêmio Nobel da Paz foi entregue ao ex-presidente da Finlândia Martti Ahtisaari, que esteve envolvido em várias negociações de conflitos como o de Kosovo e Iraque.

Em 2007, o prêmio foi para ex-vice-presidente americano e ativista Al Gore, juntamente com o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas. Um ano antes o escolhido foi o bengalês Muhammad Yunus, pioneiro na implementação do microcrédito para pessoas em extrema pobreza (2006).

*Com informações da BBC e de agências internacionais.


quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Comitê do Senado dos EUA vota sua versão da reforma da saúde na terça-feira

da Folha Online

O Comitê de Finanças do Senado dos Estados Unidos informou nesta quinta-feira que votará a sua versão da reforma da saúde na próxima terça-feira, enquanto 30 senadores democratas assinaram uma carta exigindo a opção pública no plano definitivo que saia da Câmara Alta.

A votação do Comitê de Finanças é um impulso para os esforços do presidente dos EUA, Barack Obama, para que o Congresso aprove com rapidez a reforma do sistema de saúde do país, a primeira em quase meio século.

O Comitê programou o voto um dia depois que uma análise do CBO (Escritório de Orçamento do Congresso) indicou que sua versão da reforma custaria US$ 829 bilhões em dez anos.

Além disso, sua versão cobriria 94% dos americanos, e reduziria o déficit fiscal em US$ 81 bilhões entre 2010 e 2019.

Paralelo ao aviso ao Comitê, cerca de 30 senadores democratas, entre eles Robert Menéndez, assinaram nesta quinta-feira uma carta dirigida ao líder da maioria, Harry Reid, na qual exigiram que o projeto definitivo do Senado inclua a opção pública.

Outros 14 senadores expressaram apoio a essa opção através de uma resolução.

O senador Menéndez, membro do Comitê de Finanças, disse que dois terços dos americanos apoiam a opção pública por considerar que esta oferecerá opções aos que necessitam de seguro médico, e exigiria prestação de contas do sistema de seguros de saúde.

A opção pública gerou discórdia dentro e fora do Congresso: os republicanos e grupos conservadores afins asseguram que seria impor um sistema socialista, enquanto os progressistas consideram que é a única forma de melhorar a concorrência com as seguradoras privadas.

De todas as maneiras, a versão do Comitê de Finanças terá de ser harmonizada com a do Comitê de Saúde antes do texto final ser submetido à votação no plenário do Senado. Por sua vez, a do Senado terá de ser em consenso com a aprovada na Câmara de Representantes, onde três comitês aprovaram diversos caminhos, mas ainda não há concordância para um texto definitivo nem data para o voto final.

O legislador republicano Paul Ryan falou sobre as queixas da oposição a respeito da proposta democrata inflar os custos da saúde, aumentando o déficit e, não cumprindo o papel principal de ampliar a concorrência no mercado de seguros.

"As economias que os democratas prometem não vão se materializar. A história nos demonstra que cada vez que querem cortar algo do (programa dos aposentados), essas despesas são incorporadas porque é um tema político muito sensível", disse Ryan.

"Só apoiaremos (os republicanos) uma versão que ofereça opções, não mais ingerência do governo. Mas os democratas bloquearam as iniciativas republicanas", queixou-se Ryan, quem promove um plano de saúde inspirado no modelo suíço.

Obama joga a viabilidade política porque durante a campanha eleitoral prometeu reformar o sistema de saúde dos Estados Unidos, onde cerca de 47 milhões de pessoas precisam de seguro médico e milhões têm cobertura precária.

Com Efe