segunda-feira, 29 de novembro de 2010
sábado, 20 de novembro de 2010
"Continuo tendo a capacidade para mudar o mundo", diz Obama
Em Washington (EUA)
- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, busca estreitar relações com a Europa
Na Ásia, o presidente americano buscou abrir mercados, estender sua influência e contrabalançar a ascensão incontível da China. Foi uma viagem com o olhar posto no futuro. Na Europa, por sua vez,
Obama tenta salvar a aliança atlântica da incerteza sobre sua sobrevivência e das divisões criadas pela guerra do Afeganistão.
Tenta também dar conteúdo a um vínculo com a Europa que se dilui dia a dia na irrelevância. Tenta, em suma, que o diálogo transatlântico seja algo mais que um instrumento do passado.
As duas viagens estão unidas, no entanto, pelo fato de que Obama procura nos dois casos recuperar sua imagem, gravemente deteriorada pela derrota eleitoral sofrida por seu partido em 2 de novembro.
Sua estatura como líder internacional está à prova. Nesta entrevista que concedeu a "El País" por escrito e em exclusividade para a Espanha, Obama fala das consequências desse revés, de suas ambições internacionais e sua visão sobre o futuro da Otan e o papel da Europa.
El País: Diga-me a razão mais poderosa pela qual vale a pena que os soldados espanhóis continuem arriscando suas vidas no Afeganistão.
Barack Obama: Primeiro, deixe-me expressar minha gratidão pelos esforços e sacrifícios que a Espanha fez no Afeganistão. Creio que a Espanha está comprometida nessa missão pela mesma razão que nós e outros aliados da Otan: garantir a segurança de seu país e proteger a população espanhola dos ataques da Al Qaeda e seus afiliados, impedindo que eles disponham de um santuário no Afeganistão.A Espanha conhece de primeira mão a angústia e a dor dos ataques terroristas sem sentido. A Al Qaeda continua sendo hoje a ameaça terrorista nº 1 da Europa e os líderes da Al Qaeda continuam manifestando sua intenção de atacar a Europa e os EUA.
El País: E quanto tempo mais será necessária a presença militar no Afeganistão?
Obama: A Otan mantém seu compromisso na missão do Afeganistão. Ajudar que o Afeganistão seja mais estável e mais seguro é de vital importância para os EUA e para a segurança europeia.Todos juntos, incluindo a Espanha, podemos conseguir que as forças de segurança do Afeganistão aumentem sua capacidade e possam assumir sua responsabilidade de defender a população afegã contra ameaças externas e internas.
Isto vai levar tempo, e nosso compromisso com o Afeganistão é de longo prazo. Não podemos dar as costas ao povo afegão, como antes.
O presidente [Hamid] Karzai apoia esse compromisso em longo prazo e defendeu publicamente o objetivo de que as forças afegãs assumam o comando da segurança no final de 2014.
El País: Essa será a sua mensagem na cúpula de Lisboa?
Obama: Na cúpula, esperamos que nossos aliados e parceiros reafirmem seu compromisso duradouro para promover um processo de transição sustentável mediante o anúncio de mais efetivos para o treinamento das forças afegãs e expondo seu apoio em longo prazo ao Afeganistão através da Declaração de Cooperação Otan-Afeganistão.El País: O senhor apoiaria uma solução para a guerra do Afeganistão através de um diálogo do governo com os taleban?
Obama: Como dissemos várias vezes, os EUA e nossos aliados da Otan apoiam plenamente um processo de reconciliação e reintegração que busque a reincorporação à sociedade daqueles membros dos taleban que estejam de acordo com alguns pontos principais: têm de abandonar a violência, romper seus laços com a Al Qaeda e aceitar viver sob as regras da Constituição afegã, incluindo os capítulos que protegem os direitos de todos os afegãos.Essa reconciliação começa com um diálogo com as forças insurgentes e deve ser dirigida pelos próprios afegãos.
Nosso objetivo é um Afeganistão próspero e seguro. Conseguir isso também servirá para termos uma região e um mundo mais a salvo das ameaças terroristas.
El País: Em seu último deslocamento ao exterior o senhor passou dez dias na Ásia e três na Índia. Em troca, vai ficar só três horas em Lisboa com os líderes da UE. É um reflexo das novas prioridades de sua política externa?
Obama: Com nossos amigos europeus, vamos discutir como promover a estabilidade, a liberdade e a prosperidade para nossos povos, mas também em benefício de outros povos ao redor do mundo.Desenvolver novas alianças em outras regiões não significa que o façamos às custas de nossa relação com a Europa. É algo que beneficia a todos. Estou convencido de que muitos parceiros europeus estarão de acordo com isso, e de fato vejo que a Europa também está aprofundando seus laços em outras partes do mundo.
A realidade é que, onde quer que vejamos um desafio, os EUA consultam a Europa e trabalham com a Europa para enfrentá-lo, e o fazemos porque compartilhamos valores e ideais.
El País: Isso se reflete na agenda de suas reuniões em Lisboa?
Obama: Essas duas cúpulas, com a Otan e com a UE, demonstrarão, com efeito, que EUA e Europa trabalham juntos em uma ampla lista de assuntos econômicos e de segurança de caráter global.Grande parte do que discutiremos nessas cúpulas é como, juntos, podemos promover a segurança e a prosperidade mundiais.
El País: Que papel o senhor contempla para a Otan em um futuro à margem da guerra do Afeganistão?
Obama: Esperamos adotar em Lisboa um novo conceito estratégico da Otan que reafirme nossos valores compartilhados e nosso compromisso com a defesa de cada um dos membros.Esse novo conceito estratégico identifica novas ameaças das quais temos de nos defender juntos, ameaças como o terrorismo, as atividades criminosas no ciberespaço, a proliferação de armas de destruição em massa, seus meios de distribuição e outros desafios.
O novo conceito estratégico admite que existem ameaças modernas que também exigem uma resposta global e implementa um modelo de alianças com outros países e outras organizações que é muito semelhante à nossa própria estratégia de segurança nacional.
El País: O terrorismo é a maior dessas ameaças?
Obama: O último conceito estratégico foi escrito em 1999, antes dos ataques de 11 de setembro de 2001.O novo conceito deixa claro, efetivamente, que o terrorismo internacional e a instabilidade em territórios estrangeiros podem ser ameaças diretas contra a aliança, e que o tratamento e a resposta às crises, incluindo a adoção de medidas de caráter cívico-militar, serão um importante instrumento da Otan no futuro, como foram as operações nos Bálcãs e agora no Afeganistão.
O novo conceito estratégico também insiste em nosso compromisso de manter as portas da Otan abertas a todas as democracias europeias que cumpram os requisitos para ser membros.
A Otan é a aliança mais bem-sucedida da história porque é construída sobre uma premissa fundamental e duradoura que se manteve durante 61 anos: porque compartilhamos os mesmos valores e as mesmas preocupações de segurança.
Entre a visão do novo conceito estratégico e a decisão de desenvolver novas capacidades, que incluem a adoção de uma defesa antimísseis, a cúpula de Lisboa promoverá o tipo de guia que é necessário para transformar a Otan e garantir que continue sendo tão bem sucedida no futuro como foi no passado.
El País: O senhor acredita que a crise econômica e sua consequência para a imagem da Espanha no mundo diminuiu o papel da Espanha no contexto internacional?
Obama: A crise econômica foi um profundo desafio para muitos países, incluindo o meu.Como nós, a Espanha está trabalhando para fazer os ajustes necessários para restabelecer o crescimento e está obtendo respeito por esses esforços.
No cenário internacional, estamos trabalhando juntos para garantir uma recuperação forte e duradoura.
A Espanha continua jogando um papel importante nesse processo, e o primeiro-ministro Zapatero e eu acabamos de estar em Seul em uma importante reunião do G20.
El País: Da sua perspectiva, que papel terá a Espanha no futuro de Cuba e em geral nas relações dos EUA com a América Latina?
Obama: Dados os profundos laços históricos, culturais, econômicos e familiares que tanto os EUA como a Espanha têm com os países da América, existe uma ampla gama de oportunidades de que nossos dois países trabalhem juntos em objetivos comuns.A Espanha é um aliado valioso em assuntos fundamentais da América Latina, como a defesa dos valores democráticos, o desenho de um futuro de energias limpas ou a segurança dos cidadãos em seu dia a dia.
Trabalhamos com o primeiro-ministro Zapatero nesses assuntos e esperamos continuar a fazê-lo.
El País: Depois da derrota sofrida por seu partido nas eleições legislativas deste mês, o senhor continua sentindo o mesmo entusiasmo e a mesma capacidade para mudar o mundo, como um dia prometeu?
Obama: Sim, ainda os tenho.A mudança é difícil e leva tempo, mas as pessoas, seja nos EUA ou em qualquer outra parte do mundo, querem criar um futuro melhor para elas mesmas, para seus filhos e para as futuras gerações.
É exatamente com esse propósito que me proponho revitalizar nossas alianças com a Europa e a Ásia, construir novas alianças, enfrentar a crise econômica através do G20 ou atacar o terrorismo.
Creio que fizemos grandes avanços em restabelecer a liderança dos EUA. Sinto um interesse sincero de outros líderes do mundo em trabalhar com os EUA para enfrentar problemas comuns.
Essas duas cúpulas, e a de Lisboa em particular, são muito importantes exatamente porque afetam a segurança e o bem-estar coletivos.
El País: Então o senhor é o mesmo Obama em quem o mundo confiava tanto?
Obama: Deixe-me compartilhar com você até que ponto me senti inspirado em minha recente viagem à Índia, quando visitei a residência de Gandhi em Bombaim, Mani Bhavan.Serviu-me como um poderoso lembrete de que um só homem pode fazer a diferença.
Por isso é que sim, sinto-me tão comprometido como quando jurei como presidente continuar trabalhando para promover a paz, a prosperidade e a segurança.
El País: Mas o senhor ainda acredita, depois dos resultados eleitorais, que é melhor ser um bom presidente de um só mandato do que um mau presidente que consegue a reeleição?
Obama: Sim, continuo crendo que é melhor um bom presidente de um só mandato do que um presidente medíocre de dois.Disse mais de uma vez que há uma tendência em Washington a pensar que o principal trabalho de um político eleito é o de ser reeleito.
Não é isso que penso de meu trabalho.
A descrição que faço do meu trabalho é de solucionar os problemas e ajudar as pessoas.
Não vou afrouxar no que se refere a tentar resolver os grandes problemas que afetam os EUA. A Ásia não está afrouxando.
A Europa não está afrouxando. Eles estão preocupados com suas economias, com seus filhos, com a segurança de seu país; exatamente as mesmas coisas com que os americanos estão preocupados.
Eu não quero ter de olhar para trás e dizer a mim mesmo que tudo com que me preocupei foi com minha própria popularidade. Não é esse meu objetivo.
Minha obrigação é ter a certeza de que sou fiel aos princípios, às crenças, às ideias que farão avançar os EUA e fortalecer nossos parceiros em todo o mundo.
Luiz Roberto Mendes Gonçalves
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Obama e o meio do mandato (Cristina Soreanu Pecequilo)
A crise nos EUA foi, e continua sendo, produto de paradigmas internos e externos relacionados a consumo, estruturas de produção, relações sociais, disputas sócio-econômicas, superextensão imperial, problemas educacionais e de distribuição de renda que opõem dois projetos de Estado e desenvolvimento:
o de Obama que representava a retomada e atualização do Estado de Bem Estar e da economia (o “grande Estado”)
e o tradicional republicano (o “pequeno Estado”).
A este “pequeno Estado” agregou-se a cruzada religiosa e anti-governo que perpassa a política nos EUA desde, pelo menos, 1994. O artigo é de Cristina Soreanu Pecequilo.
Cristina Soreanu Pecequilo
Comentando as eleições de meio de mandato dos Estados Unidos em 2010 há algumas semanas, um dos mais conhecidos articulistas conservadores norte-americanos, Charles Krauthammer (sempre lembrado por sua expressão “Momento Unipolar” para se referir ao pós-Guerra Fria) previa, assim como a quase totalidade dos analistas políticos, que a administração democrata de Barack Obama sofreria uma severa derrota no pleito Legislativo.
Esta derrota seria composta por uma retomada republicana da maioria na Câmara dos Deputados e a recuperação de algumas cadeiras no Senado, que, poderiam, ou não, resultar na expansão conservadora.
Ambas as previsões acabaram se confirmando: maioria republicana na Câmara, maioria democrata “apertada” no Senado, que em nada contribuiu para minimizar a realidade de uma Casa Branca na defensiva, e, claramente, esvaziada.
Krauthammer afirmaria que este resultado era produto da incompreensão do governo dos anseios da população: Obama havia sido eleito para “resolver a crise econômica” e não “mudar o modo de vida americano”.
Krauthammer afirmaria que este resultado era produto da incompreensão do governo dos anseios da população: Obama havia sido eleito para “resolver a crise econômica” e não “mudar o modo de vida americano”.
Ao retomar projetos como o da reforma de saúde universal, cortar impostos somente de faixas de alta renda, pregar a reestruturação produtiva, iniciar a revisão das missões no Iraque e no Afeganistão e buscar a recuperação de um Estado de perfil secular no qual as minorias, independente de sexo, religião e ideologia pudessem ter seu espaço, o Presidente não estava resolvendo a crise, mas sim propagando o que os conservadores definem como “agenda liberal de esquerda”, que escondia um perfil “socialista”.
Simbolizando esta oposição conservadora, o Partido do Chá surgia como força libertária no lado republicano e, do lado democrata, os “democratas de Centro” que passaram a ser definidos pela Fox News como “democratas conservadores”, que se distanciaram da Presidência, isolando a Casa Branca, inclusive em votações no Legislativo. Prática razoavelmente conhecida do Partido Democrata, esta autofagia também era representada por um outro extremo intrapartidário, o dos “democratas de esquerda”, insatisfeitos com a performance de Obama na defesa dos direitos sociais, intervenções humanitárias e ambientais. Teria Krauthammer razão? Obama fracassou por querer mudar a América e não resolver a crise?
Este tipo de análise que se tornou o centro do debate revela o estágio polarizado da política e a ausência de consenso e vontade para a reforma. E, no caso, vontade não só “de Washington”, mas da sociedade. Apesar da tentativa de desvincular os temas crise-projeto nacional, a sua relação é intrínseca. A resolução da presente situação passa por ajustes nacionais.
A crise foi, e continua sendo, produto de paradigmas internos e externos relacionados a consumo, estruturas de produção, relações sociais, disputas sócio-econômicas, superextensão imperial, problemas educacionais e de distribuição de renda que opõem dois projetos de Estado e desenvolvimento:
Simbolizando esta oposição conservadora, o Partido do Chá surgia como força libertária no lado republicano e, do lado democrata, os “democratas de Centro” que passaram a ser definidos pela Fox News como “democratas conservadores”, que se distanciaram da Presidência, isolando a Casa Branca, inclusive em votações no Legislativo. Prática razoavelmente conhecida do Partido Democrata, esta autofagia também era representada por um outro extremo intrapartidário, o dos “democratas de esquerda”, insatisfeitos com a performance de Obama na defesa dos direitos sociais, intervenções humanitárias e ambientais. Teria Krauthammer razão? Obama fracassou por querer mudar a América e não resolver a crise?
Este tipo de análise que se tornou o centro do debate revela o estágio polarizado da política e a ausência de consenso e vontade para a reforma. E, no caso, vontade não só “de Washington”, mas da sociedade. Apesar da tentativa de desvincular os temas crise-projeto nacional, a sua relação é intrínseca. A resolução da presente situação passa por ajustes nacionais.
A crise foi, e continua sendo, produto de paradigmas internos e externos relacionados a consumo, estruturas de produção, relações sociais, disputas sócio-econômicas, superextensão imperial, problemas educacionais e de distribuição de renda que opõem dois projetos de Estado e desenvolvimento:
o de Obama que representava a retomada e atualização do Estado de Bem Estar e da economia (o “grande Estado”)
e o tradicional republicano (o “pequeno Estado”).
A este “pequeno Estado” agregou-se a cruzada religiosa e anti-governo que perpassa a política desde 1994 quando Bill Clinton, o então Presidente democrata, perdeu a eleição de meio de mandato para o projeto do “Contrato com a América”, do qual o “Conservadorismo com Compaixão” de W. Bush foi um capítulo, legando-nos atualmente o Chá.
A este “pequeno Estado” agregou-se a cruzada religiosa e anti-governo que perpassa a política desde 1994 quando Bill Clinton, o então Presidente democrata, perdeu a eleição de meio de mandato para o projeto do “Contrato com a América”, do qual o “Conservadorismo com Compaixão” de W. Bush foi um capítulo, legando-nos atualmente o Chá.
Em 2010, os norte-americanos optaram novamente por esta via, que, mais do que a transformação, prega, em suas grandes linhas a continuidade, intermeada por paradoxais discursos anti-sistêmicos e questionamento ao Estado secular.
A ênfase em temas religiosos e sociais é tática corrente, que tem se repetido por outras nações, inclusive no Brasil como forma de desviar a atenção e polarizar.
No Brasil, porém, o resultado das eleições presidenciais foi diferente, com a vitória dos setores progressistas representados pela candidatura Dilma, em detrimento deste processo de instrumentalização. Surgiu o alerta que não pode ser esquecido, pois estes movimentos são latentes e de fácil interpenetração na política a partir de situações sociais diversas.
Não se deve, porém, exacerbar a vitória republicana, a influência do Partido do Chá dentro do Partido Republicano ou iniciar previsões catastróficas para o futuro de Obama em 2012, mesmo que setores republicanos e democratas já façam consultas sobre seus potenciais sucessores.
Não se deve, porém, exacerbar a vitória republicana, a influência do Partido do Chá dentro do Partido Republicano ou iniciar previsões catastróficas para o futuro de Obama em 2012, mesmo que setores republicanos e democratas já façam consultas sobre seus potenciais sucessores.
Se Obama se converterá em Clinton que se reelegeu em 1996 ou Bush pai que serviu somente um mandato em 1992, está em aberto.
Todavia, é necessário reconhecer que o panorama não é positivo para os democratas e que suas reações à derrota podem se tornar mais contraproducentes, ou simplesmente termos dois anos de governo paralisado. Tais reações, principalmente as internacionais, podem levar a episódios renovados de unilateralismo enquanto o discurso oficial propaga a noção de “poder civil” como base de redefinição da diplomacia do país para o desenvolvimento global (ver artigo “Leading Through Civilian Power: Redefining American Diplomacy and Development” da Secretária de Estado Hillary Clinton na edição especial de Foreign Affairs de Novembro/Dezembro 2010).
A ação do FED na recente compra dos títulos do Tesouro pós-eleição, e a justificativa de Ben Bernanke em artigo para o The Washington Post revelam uma ação deste tipo. Afirma Bernanke,“o FED tem a obrigação específica de ajudar a promover o aumento do emprego e sustentar a estabilidade dos preços.
A ação do FED na recente compra dos títulos do Tesouro pós-eleição, e a justificativa de Ben Bernanke em artigo para o The Washington Post revelam uma ação deste tipo. Afirma Bernanke,“o FED tem a obrigação específica de ajudar a promover o aumento do emprego e sustentar a estabilidade dos preços.
As medidas (...) o ajudarão a cumprir suas obrigações”. O timing destas medidas, associado às mudanças no FMI e a próxima reunião do G20 em Seul, e as pressões sobre os emergentes em esferas cambiais e comerciais, as críticas sobre os projetos político-econômicos brasileiro, chinês e indiano, revela este padrão.
Além disso, demonstra que os Estados Unidos ainda não optaram pelo caminho mais difícil. Afinal, para resolver a crise não basta redistribuí-la ao mundo, mas sim mudar a América.
(*) Professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
(*) Professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Fotos: The Guardian
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Edson Nogueira Paim é promovido a Coronel (Danuza Peixoto)
Clique no seguinte LINK para ler a Portaria 84-DGP/DA PROM (EXÉRCITO), de 27 de outubro de 2010 (Diário Oficial da União, de 4 de novembro de 2010):
http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=04/11/2010&jornal=2&pagina=13&totalArquivos=56
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Obama admite responsabilidade por derrota e pede diálogo a republicanos
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