E.U.A News (Painel do Paim) - N. 487 da série de 599 Blogs do Coronel Paim - O Porta-Voz

Este blog se destina a registrar aspectos ecológicos do grande país do norte e sua influência sobre a economia internacional e brasileira e a vida do nosso povo, inclusive a preparação ostensiva e sua participação no desfecho do golpe de 1964 e, recentemente, na espionagem das ações do governo brasileiro. .

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Obama anuncia imposto para petrolíferas e critica McCain

Por John Whitesides

RALEIGH, EUA (Reuters) - O candidato à Presidência dos EUA pelo Partido Democrata, Barack Obama, tentou na segunda-feira acalmar os norte-americanos assustados com os altos preços da gasolina afirmando que, se eleito, adotará um imposto sobre lucros inesperados a ser cobrado das empresas petrolíferas.

Dando início a um período de duas semanas durante o qual tratará principalmente da economia do país, hoje em crise, Obama apresentou planos bastante diferentes de seu adversário na disputa de novembro, o republicano John McCain, a quem acusou de querer ampliar as isenções fiscais concedidas pelo presidente norte-americano, George W. Bush, e de, assim, expandir ainda mais as dívidas dos EUA.

Em um cenário no qual os norte-americanos enfrentam dificuldades para pagar o preço de 4 dólares por galão (3,78 litros) de gasolina, no qual aumenta a taxa de desemprego e no qual diminui a confiança do consumidor, Obama tenta focar a campanha nas questões econômicas.

"Não é preciso ler os índices das bolsas ou acompanhar as manchetes do caderno de finanças para compreender a seriedade da situação em que estamos", afirmou.

A economia é um campo no qual Obama circula com mais desenvoltura. Já McCain colocou a segurança nacional e a política externa no centro de sua campanha e repetiu várias vezes que o democrata não dispõe da experiência necessária para comandar o país.

Ingressando na eleição geral com uma pequena vantagem em relação a McCain nas pesquisas de intenção de voto, Obama voltou a descrever seu pacote de estímulo de 50 bilhões de dólares como um instrumento para incentivar os consumidores a gastarem e injetar novo ânimo na economia. O candidato citou também a criação de um fundo de 10 bilhões de dólares para ajudar os proprietários de imóveis afetados pela crise nesse setor.

"Vou fazer com que as petrolíferas como a Exxon paguem uma taxa sobre seus lucros inesperados e vou usar esse dinheiro para ajudar as famílias a arcarem com os gastos cada vez maiores com a energia e com outras contas", afirmou Obama, senador pelo Estado de Illinois.

O democrata, 46, que pode se transformar no primeiro negro a comandar os EUA, disse que a manutenção das isenções fiscais criadas por Bush, conforme promete McCain, permitiria que as empresas poupassem 2 trilhões de dólares com os impostos.

Segundo Obama, só a Exxon Mobil Corp, que faturou 40,61 bilhões de dólares no ano passado, pagaria 1,2 bilhão a menos em impostos.

"Se as políticas de John McCain forem implementadas, elas fariam com que o déficit público aumentasse 5,7 trilhões de dólares na próxima década. Isso não tem nada a ver com conservadorismo fiscal. Foi isso o que George W. Bush fez ao longo de oito anos", afirmou Obama.

Os contrários ao imposto cobrado sobre lucros inesperados dizem que a medida revelou-se contraprodutiva quando adotada pelos EUA em 1980, no último ano do governo do presidente Jimmy Carter.

Para esses especialistas, a medida, cancelada em 1988 durante o governo do presidente Ronald Reagan, fez com que as petrolíferas diminuíssem a produção interna.

Na segunda-feira, McCain, 71, que pode se tornar o homem mais velho a ser eleito para um primeiro mandato como dirigente dos EUA, participou de um evento de arrecadação de verbas em Richmond e lembrou os presentes sobre o desafio feito por ele a Obama, o de participar de dez encontros cara-a-cara em várias cidades norte-americanas para debater as questões mais importantes da disputa.

"Até agora, ele não aceitou isso", afirmou o republicano.

McCain, senador pelo Estado do Arizona, sugeriu que o primeiro encontro ocorresse na quinta-feira, no Federal Hall, em Nova York.

"Ele não vai estar lá. Mas nós continuaremos a convidá-lo e, talvez, com o passar do tempo, ele aceite participar. Ao menos é isso o que eu espero," afirmou McCain.

(Reportagem adicional de Caren Bohan e Jeff Mason)


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