Obama chega a eleições gerais com vantagem; McCain lança estratégia
Bill Haber/AP
Senador republicano, John McCain discursa em evento de campanha em Kenner, Los Angeles
Colaboração para a Folha Online
O provável candidato democrata Barack Obama entra nas eleições gerais com uma vantagem declarada: ele é um candidato democrata que enfrentará um Partido Republicano desgastado pelos erros e impopularidade do presidente Bush.
Por outro lado, senador pelo Arizona John McCain fez um discurso afiado e contundente na terça-feira (3), antes mesmo dos democratas Obama e Hillary Clinton se pronunciarem em discursos na noite de terça, mostrando suas propostas nos principais temas que vêm abordando em sua campanha --economia, política externa, Guerra do Iraque, aquecimento global e fontes energéticas.
O cenário ao fundo de McCain enquanto o republicano discursava falava muito sobre sua nova estratégia contra Obama: um fundo verde com a frase escrita repetidamente: "A leader we can beleave in" --"Um líder em quem podemos acreditar".
A frase é uma resposta que busca desqualificar a principal plataforma política de Obama: "Change. We can beleave in" --Mudança. Nós podemos acreditar".
McCain afirmou ser o verdadeiro líder em quem se deve acreditar, e que é ele quem tem experiência para promover a "mudança na direção certa", pois a mudança que Obama propõe seria datada, "em direção ao passado".
O republicano fez uma ironia com sua idade e a de Obama, dizendo que apesar de Obama ser muito jovem e ele mais velho, o democrata propõe medidas "ultrapassadas", que falharam nos anos 60 e 70, e que visam o controle de Estado sobre assuntos que "você" --a sociedade civil-- deve ter autonomia para decidir.
"Tenho um pouco mais de idade do que o meu oponente, e saberei não repetir os erros que já foram cometidos no passado", disse.
O que McCain fez em seu discurso foi lançar o debate ideológico entre democratas e republicanos, liberais e conservadores, esquerda e direita.
Ideologia
McCain, criticado por ser inexperiente em questões econômicas, assumiu uma posição conservadora, defendendo que o Estado não deve intervir nos rumos da economia e da sociedade em termos gerais. "Ele [Obama] quer dizer a vocês como tudo deve ser feito, quer que o governo seja a solução de todos os problemas", disse. "Estas políticas falharam no passado".
O senador pelo Arizona busca pintar-se de verde, como um político de uma nova espécie, um "conservador verde". Ele afirma ser um "líder do século 21", que defende o mercado, a chamada "livre iniciativa" na economia, e por outro lado defende o papel do Estado para resolver "problemas do novo século", como a questão da auto-suficiência energética, fontes alternativas de energia e o aquecimento global.
McCain buscou demonstrar ainda que é um candidato independente dos lobbies de Washington, um assunto que Obama aborda com freqüência. O senador acusou Obama de criticar lobistas favoráveis aos republicanos e por outro lado calar-se frente aos lobistas que o favorecem e apóiam.
Como justificativa, citou votações no congresso em que votou contra o lobby do petróleo e que Obama, segundo ele, votou a favor.
com Agências Internacionais
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