E.U.A News (Painel do Paim) - N. 487 da série de 599 Blogs do Coronel Paim - O Porta-Voz

Este blog se destina a registrar aspectos ecológicos do grande país do norte e sua influência sobre a economia internacional e brasileira e a vida do nosso povo, inclusive a preparação ostensiva e sua participação no desfecho do golpe de 1964 e, recentemente, na espionagem das ações do governo brasileiro. .

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Obama admite que EUA e Israel têm 'diferenças' sobre o processo de paz (Postado por Erick Oliveira)

O presidente americano, Barack Obama, disse nesta sexta-feira (20) que EUA e Israel têm "diferenças" em relação ao processo de paz no Oriente Médio.
A declaração foi feita após encontro com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu.
Na véspera, Obama, em discurso sobre o mundo árabe, defendeu que o futuro Estado Palestino seja criado tomando por base as fronteiras anteriores a 1967, o que provocou críticas do israelense.
Obama reafirmou a declaração, e Netanyahu voltou a rejeitá-la.
Segundo Obama, o momento é de "oportunidades" mas também de "perigos" na região.
O isralense afirmou que ele e o americano ainda podem "trabalhar junto" para a paz, e o americano disse que os dois países têm "laços extraordinários".
Já Netanyahu voltou a dizer que o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, tem de escolher entre o Hamas e a paz com Israel, em uma referência ao recente acordo fixado entre as facções palestinas e bastante criticado por Israel.
Síria
Sobre a Síria, o presidente americano disse que Estados Unidos e Israel compartilham um sentimento de "profunda preocupação" diante da atual crise política, com forças do governo reprimindo violentamente protestos contra o regime.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Obama defende Estado Palestino com fronteiras anteriores a 1967 (Postado por Erick Oliveira)

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta quinta-feira (19) que espera que mais líderes deixem o poder no mundo árabe, depois das quedas dos regimes ditatoriais de Tunísia e Egito.
Em um longo discurso na Casa Branca sobre a política norte-americana para os países arabes, Obama reafirmou o compromisso americano em promover as reformas e a transição para a democracia na região, criticou o uso da violência na repressão aos protestos, e pediu que Israel e palestinos façam concessões para a criação de um Estado Palestino, nas fronteiras anteriores a 1967 e desmilitarizado.
"Temos uma oportunidade histórica. Temos uma chance de mostrar que a América valoriza mais a dignidade de um vendedor de rua da Tunísia do que o poder de um ditador", disse.
O democrata afirmou que, nos próximos meses, os EUA vão mobilizar todos os recursos possíveis para encorajar as reformas. Obama negou que Osama bin Laden, líder da rede terrorista da al-Qaeda morto em 2 de maio pelos americanos no Paquistão, seja um "mártir". O democrata disse que as ideias do saudita são rejeitadas na região.
O democrata também afirmou que o destino dos EUA está ligado ao do Oriente Médio e  ao do norte da África, agitados por uma série de rebeliões populares desde o início do ano.
Ele afirmou que é um erro o fato de o poder estar concentrado nas mãos de "muito poucas pessoas na região".
Para Obama, o caminho da repressão, seguido por muitos regimes na região, não funciona mais.
"Os acontecimentos dos últimos seis meses nos mostram que as estratégias de repressão e repúdio não funcionarão mais", disse.
Ele também citou o papel importante que as novas tecnologias da informação desempenham na difusão dos ideais democráticos.
Obama voltou a citar o Brasil - ao lado da Índia e da Indonésia como um dos exemplos de países que estão evoluindo em um ambiente democrático e tecnológico. -como já havia feito em seu discurso no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em março deste ano.
Obama afirmou que, em alguns casos, a mudança vai levar tempo, e em outros será mais rápida. "Havera bons dias e maus dias", previu.
Israel e palestinos
Obama afirmou que Israel precisa agir "corajosamente" para avançar no processo de paz com os palestinos, mas voltou a defender o direito de defesa do estado israelense.
Ele disse que o futuro Estado Palestino na região deve ser traçado baseado nas fronteiras anteriores a 1967 e que deverá ser desmilitarizado.
"As fronteiras de Israel e Palestina deveriam se basear naquelas de 1967, com trocas mútuas e acertadas de forma que fronteiras seguras e reconhecidas sejam estabelecidas nos dois Estados", disse.
"A retirada completa e em etapas das forças militares israelenses deve ser coordenada com a pretensão da responsabilidade de segurança palestina em um estado soberano e não militarizado", acrescentou.
"A duração deste período de transição precisa ser acertada e a efetividade de arranjos de segurança precisam ser demonstrados."
Segundo o americano, a necessidade de um acordo de paz na região é "mais urgente do que nunca".
Obama também rejeitou o que ele chamou de uma tentativa de "isolar" Israel na ONU em setembro.
"Para os palestinos, os esforços para deslegitimar Israel terminarão em fracasso. Ações simbólicas para isolar Israel nas Nações Unidas em setembro não contribuirão para criar um Estado independente", alertou.
Os palestinos querem proclamar seu Estado soberano na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Para isso, exigem a retirada israelense de todos os territórios ocupados desde junho de 1967, incluindo Jerusalém Oriental.
Israel conquistou naquele ano a parte oriental, árabe, de Jerusalém, e não abre mão dela, já que considera a cidade a capital eterna e indivisível do Estado de Israel.
O principal impasse ocorre porque os palestinos querem que Israel pare de construir assentamentos para seus cidadãos no território que inclui áreas ao redor de Jerusalém Oriental, capturadas por Israel no confronto de 1967.
Líbia
Falando sobre a Líbia, onde os EUA participam de bombardeios liderados pela Otan contra forças do contestado ditador Muammar Kadhafi, Obama justificou a ação argumentando que "milhares teriam sido mortos" no país se não fosse a intervenção aliada.
O americano disse que o tempo está contando contra o coronel Kadhafi e que, no final, ele acabará tendo de deixar o poder, pressionado pela revolta popular iniciada no leste do país.
Síria
Obama também instou o presidende da Síria, Bashar al Assad, a liderar o processo de transição do país para a democracia, ou a "sair do caminho". Ele disse que Assad deve dialogar com a oposição ou corre o risco de ficar "isolado".
Iêmen e Bahrein
Obama afirmou que o presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, deve cumprir a promessa de transferir o poder, e também disse que os líderes do Bahrein devem criar condições para o diálogo com a oposição.
O Iêmen, base de um atuante ramo da rede terrorista da al-Qaeda, é um importante aliado americano na região.
Tunísia e Egito
O democrata afirmou que as autoridades americanas vão ajudar os novos governos democráticos da Tunísia e do Egito a recuperar os fundos "roubados" por integrantes corruptos dos regimes anteriores.
Ele anunciou um programa para oferecer US$ 1 bilhão de alívio da dívida para financiar o Egito e a Tunísia, com base no apoio financeiro que sustentou a evolução do leste europeu pós-soviético.
Especificamente, o plano buscará reorientar o Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento, que ajudou a reconstruir economias de mercado na Europa pós-comunista, a desempenhar um papel similar no Oriente Médio.
Os Estados Unidos também trabalharão com o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e o Banco de Desenvolvimento Africano para liberar mais financiamento e garantias de crédito para encorajar a reforma democrática no mundo árabe, afirmaram fontes oficiais.
A intenção do Plano Árabe, de Obama, parece ser uma tentativa de combater a privação econômica e os prospectos miseráveis de grandes porções da população árabe que, junto com a repressão aos direitos básicos, levou aos protestos.
Mulheres
O americano disse que a região só vai conseguir atingir todo seu potencial de desenvolvimento se der direitos iguais às mulheres.
O democrata também afirmou que a corrida por armas nucleares na região "não beneficia a ninguém".

domingo, 15 de maio de 2011

Dívida dos EUA tende a alcançar seu limite nesta segunda-feira

14/5/2011 9:26,  Por Redação, com agências internacionais - de Washington
dívida
Sem responder à dívida os dólares norte-americanos entrariam em crise

A dívida norte-americana alcança, nesta segunda-feira, o limite autorizado pelo Congresso, mas os parlamentares se negam a ampliar o valor. O Tesouro dos EUA alerta desde abril que 16 de maio é a data para a dívida alcançar o teto de US$ 14,294 trilhões. O Estado não pode aumentar o endividamento além deste valor. O governo insiste para que o Congresso aumente o teto, mas o tema divide os parlamentares: os republicanos exigem antes uma economia de bilhões, nas palavras do presidente da Câmara de Representantes, John Boehner, algo que os democratas consideram perigoso.
De todas as formas, o Tesouro afirma que tem condições de permanecer abaixo do limite até 2 de agosto com vários ajustes contábeis.
– Como o Congresso ainda não agiu, começamos a aplicar uma série de medidas extraordinárias que darão um pouco mais de tempo para elevar o teto da dívida – disse na sexta-feira o secretário do Tesouro, Timothy Geithner.
Não é possível prever o que aconteceria se os Estados Unidos não conseguissem responder por sua dívida.
– A gravidade do tema é a razão pela qual as pessoas pensam que isto não vai acontecer. É o equivalente financeiro a uma bomba nuclear – explica Aaron Kohli, especialista em títulos do Tesouro da Nomuro Securities.
Para David Wyss, economista chefe da agência de classificação Standard and Poor’s, o Tesouro pode seguir funcionando até agosto, dando tempo ao Congresso para um acordo. Além disso, em caso de situação crítica, o “governo tratará a dívida com prioridade”.
– Não há nenhum perigo manifesto de falta de pagamento – explicou à agência francesa de notícias AFP.
A agência atribuiu em 18 de abril uma perspectiva negativa à nota da dívida a longo prazo dos Estados Unidos, mas a questão do limite da dívida não agrava a situação para a S&P. O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Ben Bernanke, advertiu que é arriscado não elevar o limite da dívida em um prazo razoável.
Ele citou como consequência o aumento das taxas de juros, que agravará o déficit e, na pior das hipóteses, uma nova desestabilização do sistema financeiro, como na falência do Lehman Brothers (setembro de 2008). Segundo o Tesouro, na quinta-feira a dívida dos EUA estava em US$ 14,256 trilhões, apenas US$ 38 bilhões abaixo do limite previsto pelo Congresso.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Obama vai ao Marco Zero

UM GOLPE NO TERROR

O presidente americano, que visitou o lugar pela primeira vez depois que ocupou o cargo, fez homenagem às vítimas do WTC

A primeira visita de Barack Obama como presidente ao Marco Zero, local onde ficavam as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, foi carregada de simbologia. Realizada quatro dias após o assassinato do terrorista Osama bin Laden, mentor dos ataques de 11 de setembro, dá a impressão de tentativa de ponto final na guerra ao terror, iniciada em 2001, na presidência de George W. Bush.

Mas Obama evitou falar em vitória. Na passagem de ontem por Nova York, o presidente preferiu dizer que ninguém esqueceu das aproximadamente 3 mil vítimas dos ataques com aviões ao World Trade Center. Não fez discursos públicos: declarações neste sentido ficaram a cargo do porta-voz da Casa Branca, Jim Carney. Segundo ele, a morte de Bin Laden foi “um momento de catarse significativo para o povo americano” e que Obama quer prestar homenagem “ao espírito de unidade que todos sentimos depois daquele terrível ataque”.

O presidente se encontrou com bombeiros e policiais. Visitou o posto de bombeiros Engine 54, em Midtown Manhattan, no qual houve 15 mortes com os ataques. No Marco Zero, em Lower Manhattan, Obama depositou uma coroa de flores antes de prestar condolências a familiares de vítimas. Ao cumprimentar bombeiros, declarou o seguinte:

– Eu apenas queria vir aqui e dizer obrigado. Este é um local simbólico do extraordinário sacrifício que foi feito naquele dia terrível, quase 10 anos trás.

Um chefe dos bombeiros mostrou a Obama placa em homenagem aos colegas. Ele retribuiu com palavras.

– Vocês sempre terão um presidente e um governo que os apoiarão da mesma forma que vocês apoiaram o povo de Nova York ao longo destes últimos anos – garantiu.

A ideia do democrata Obama era contar com o ex-presidente George W. Bush, um republicano, na visita de ontem, mas o convite foi recusado. Seria uma forma de representar unidade, já que os democratas foram oposição ao criticado governo Bush.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Após morte de Bin Laden, Obama homenageia vítimas de atentados (Postado por Erick Oliveira)

O presidente dos EUA, Barack Obama, depositou nesta quinta-feira (5) uma coroa de flores no Marco Zero, três dias após a operação que matou o terrorista Osama bin Laden.
O presidente americano fez um minuto de silêncio no local onde ficavam as torres gêmeas do World Trade Center, derrubadas pelo ataque da al-Qaeda em 11 de setembro de 2001.
Depois, Obama reuniu-se com parentes de vítimas dos atentados.
Mais cedo, o democrata havia dito que a morte de Bin Laden é uma mensagem aos terroristas de que os EUA nunca esquecerão dos atentados.
"Quando dizemos que nunca esqueceremos, falamos a sério", disse Obama durante uma visita a um quartel dos bombeiros em Times Square, em Manhattan. O batalhão visitado por Obama perdeu 15 homens no dia dos ataques que derrubaram o World Trade Center.
Reunião com integrantes da operaçãoNesta sexta-feira (6), Obama deve se reunir com alguns integrantes do comando da operação que matou Osama Bin Laden no Paquistão, informaram funcionários do governo nesta quinta-feira.
Obama "terá a oportunidade de agradecer, particularmente, a alguns membros das operações especiais envolvidos na missão (contra Bin Laden), amanhã, em Fort Campbell", uma base militar de Kentucky (centro-oeste), acrescentou a fonte, que preferiu não ter o nome divulgado.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Filha de Bin Laden assegura que terrorista foi capturado vivo e assassinado

Do UOL Notícias*
Em São Paulo

MORTE DE BIN LADEN

  • Imagens mostram interior de casa onde Bin Laden foi morto
Uma das filhas do terrorista Osama bin Laden assegurou que seu pai foi capturado vivo por soldados americanos antes de ser assassinado, segundo o canal de televisão da capital saudita "Al Arabiya", que cita uma fonte da segurança paquistanesa.
Segundo a fonte, identificada como um alto responsável da segurança, os soldados capturaram Bin Laden durante os primeiros minutos da operação militar na casa em que o líder da Al Qaeda se refugiava, na cidade paquistanesa de Abbottabad, antes de disparar contra ele.
A filha de Bin Laden, de 12 anos, disse que os soldados americanos capturaram seu pai vivo, mas o executaram em frente de seus familiares. O terrorista estava no andar térreo da casa e seu corpo foi arrastado para o helicóptero depois de ter sido assassinado.
A fonte reforça a versão da Casa Branca de que Bin Laden não estava armado – assim como as outras pessoas que estavam com ele no momento da operação. “Nenhuma bala foi disparada contra os soldados americanos e seus helicópteros”, disse a fonte.
Os soldados americanos também teriam levado outro corpo, de um dos filhos do líder da Al Qaeda. No momento em que as autoridades paquistanesas chegaram à casa, os americanos já haviam deixado o local e estavam sobrevoando a região montanhosa que forma a fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão.
Prisões
As autoridades paquistanesas encontraram quatro corpos na casa onde Bin Laden estava se escondendo. Outras duas mulheres e seis crianças entre 2 e 12 anos foram presas no local. De acordo com a fonte da "Al Arabiya", os familiares de Bin Laden foram transportados para um hospital na cidade de Rawalpindi, próxima de Islamabad, capital do país. “Eles foram removidos de helicóptero e estão sendo tratados no hospital”, disse.
Especula-se que os familiares de Bin Laden não foram levados pelas forças americanas pois não havia espaço para todos nos helicópteros – uma das aeronaves apresentou um defeito e teve que ser deixada no pátio da casa ocupada pelo terrorista e seus aliados.
*Com agências internacionais

terça-feira, 3 de maio de 2011

Por trás da caça dos Estados Unidos a Osama bin Laden

Saiba mais detalhes sobre a longa operação americana que levou à morte do homem mais procurado do mundo

The New York Times | 03/05/2011 12:01

Durante anos, a angustiante busca por Osama bin Laden deixou as autoridades americanas de mãos vazias. Então, em julho do ano passado, paquistaneses que trabalham para a CIA (agência de inteligência dos EUA) seguiram um Suzuki branco pelas movimentadas ruas próximas a Peshawar, no Paquistão, e anotaram a placa do carro.
O homem que estava dentro do veículo era o mensageiro mais confiável de Bin Laden, e durante o mês seguinte os agentes da CIA o seguiram por toda a região central do Paquistão. Finalmente, disseram autoridades do governo, ele os levou a uma fortaleza cercada por muros altos no final de uma longa estrada de terra em um povoado rico a cerca de 55 quilômetros da capital paquistanesa.
Oito meses depois, 79 agentes dos Estados Unidos em quatro helicópteros desceram sobre a fortaleza, disseram os oficiais. Tiros foram disparados. Um helicóptero quebrou e não conseguiu decolar. As autoridades paquistanesas, mantidas no escuro por seus aliados em Washington, reuniram suas forças enquanto os comandos americanos se apressavam para terminar a sua missão e sair dali antes de um confronto. Dos cinco mortos, um era um homem alto, barbudo, com o rosto ensanguentado e uma bala na cabeça. Um membro da equipe Seals da Marinha tirou uma foto dele com uma câmera e a enviou aos analistas que analisaram suas feições em um programa de reconhecimento facial.
E assim, a caça mais extensa, cara e irritante da história chegou ao fim. O corpo inerte de Osama bin Laden, o inimigo número 1 da América, foi colocado em um helicóptero para ser sepultado no mar e nunca mais ser visto ou temido novamente.

Foto: AFP PHOTO / FILES / HO
Imagem de 1988 mostra Osama bin Laden sorrindo em Jalalabad, no Afeganistão

Uma nação que passou uma década atormentada por seu fracasso em capturar o homem responsável por quase 3 mil mortes em Nova York, Washington e Pensilvânia em 11 de Setembro de 2001, finalmente conseguiu fechar o ciclo ou pelo menos este difícil capítulo.
Para uma comunidade de inteligência que tinha sofrido duras críticas por uma série de falhas ao longo da última década, matar Bin Laden trouxe uma espécie de redenção. Para militares que tem atravessado duas, e agora três guerras vexatórias em países muçulmanos, a operação ofereceu um sucesso puro. E para o presidente Barack Obama, cuja liderança em segurança nacional chegou a ser questionada, esse foi o momento de afirmar que sua gestão entrará para os livros de história.
O ataque foi o ápice de anos de árduo trabalho de inteligência, incluindo o interrogatório de presos da CIA em centros de detenção secretos na Europa Oriental, onde muitas vezes o que não era dito também era útil. As agências de inteligência interceptaram telefonemas e emails da família do mensageiro árabe em um Estado do Golfo Pérsico e se debruçaram sobre imagens de satélite da fortaleza localizada em Abbottabad para determinar um "padrão de vida" que pudesse decidir se a operação valeria o risco.
Segundo oficiais de inteligência da Casa Branca e do Pentágono, as últimas semanas foram uma estressante consideração de 'achismos' e cenários negativos. "Não havia uma reunião em que alguém não tenha mencionado ‘Black Hawk Down’", disse uma importante autoridade do governo, referindo-se à desastrosa batalha de 1993 na Somália em que dois helicópteros dos Estados Unidos foram abatidos e alguns de seus tripulantes mortos em ação. A missão que não conseguiu resgatar reféns no Irã, em 1980, também foi bastante mencionada.
Autoridades do governo ficaram divididos sobre a possibilidade de lançar a operação. Eles discutiram se deveriam esperar e continuar a acompanhar o caso até que tivessem mais certos de que Bin Laden realmente estava lá - ou se deveriam realizar um bombardeio aéreo, operação menos arriscada. No final, o presidente Barack Obama optou contra um ataque deste tipo, cujos danos poderiam impedir o governo de determinar se Bin Laden realmente havia sido atingido. Ele optou por enviar os militares. Uma opção "lute para sair" foi implementada no plano, com dois helicópteros dando apoio a outras duas aeronaves de ataque principais.

Foto: Divulgação/Casa Branca
Presidente Barack Obama e outras autoridades americana acompanham operação que culminou na morte de Osama bin Laden

Na tarde de domingo, quando os helicópteros sobrevoavam o território paquistanês, o presidente e seus assessores se reuniram na Sala de Situação da Casa Branca para acompanhar a operação em andamento. Na maior parte do tempo, todos permaneceram em silêncio. Segundo um assessor, Obama estava “sem expressão” e o vice-presidente Joe Biden tocava as contas de seu rosário. "Minutos passavam como dias", lembrou John O. Brennan, chefe de contraterrorismo da Casa Branca.
O codinome de Bin Laden era "Geronimo". O presidente e seus conselheiros assistiram Leon E. Panetta, o diretor da CIA, em uma tela de vídeo, narrando a partir da sede da agência o que estava acontecendo no longínquo Paquistão.
"Eles chegaram ao alvo", disse ele.
Minutos se passaram.
"Nós temos contato visual com Geronimo", disse ele.
Alguns minutos mais tarde: "Geronimo EKIA".
Era a sigla em inglês para “inimigo morto em ação” (“enemy killed in action”).
Houve um silêncio na sala.
Finalmente, o presidente falou.
"Nós o pegamos".
Preenchendo as lacunas
Anos antes do 11 de setembro de 2001 transformar Bin Laden no terrorista mais temido do mundo, a CIA começou a compilação de um dossiê detalhado sobre os principais atores dentro de sua rede de terrorismo global.
Foi só depois de 2002, quando a agência começou a prender membros da Al-Qaeda – e submetê-los a horas de sessões de interrogatório brutais em prisões secretas no exterior – que finalmente começou a preencher as lacunas sobre os soldados, mensageiros e homens do dinheiro nos quais Bin Laden confiava.
Os prisioneiros sob custódia dos Estados Unidos contaram histórias sobre um mensageiro de confiança. Quando os americanos conferiram o pseudônimo do homem com dois prisioneiros de alto escalão – o suposto mentor do 11 de Setembro, Khalid Sheikh Mohammed, e o chefe operacional da Al-Qaeda, Abu Faraj Al-Libi – os homens declararam nunca ter ouvido o seu nome. Isso levantou suspeitas entre os interrogadores de que os dois estivessem mentindo e de que o mensageiro provavelmente era uma figura importante.
À medida que a caçada a Osama bin Laden continuava, a agência de espionagem era golpeada em outras frentes: as fracassadas avaliações de inteligência sobre armas de destruição em massa que levaram à Guerra do Iraque e as intensas críticas por usar o afogamento e outros métodos extremos de interrogatório que, segundo críticos, viraram tortura.
Em 2005, muitos dentro da CIA chegaram à conclusão que a caça a Bin Laden havia esfriado, e o oficial superior da agência clandestina ordenou uma a revisão das ações de contraterrorismo. O resultado foi a Operação Cannonball, uma reorganização burocrática que colocou mais funcionários da CIA no Paquistão e no Afeganistão.
Com mais agentes em campo, a CIA finalmente conseguiu o nome do mensageiro. Com isso, eles se voltaram para seus maiores instrumentos de investigação: a Agência Nacional de Segurança começou a interceptar as chamadas telefônicas e mensagens de email entre a família do homem e qualquer um dentro do Paquistão. Com isso, eles chegaram a seu nome completo.
Em julho do ano passado, agentes paquistaneses que trabalham para a CIA viram o mensageiro dirigindo seu veículo perto de Peshawar. Quando, depois de semanas de vigilância, ele seguiu até a fortaleza localizada em Abbottabad, agentes de inteligência dos Estados Unidos sentiram estar perto de algo importante, talvez até do próprio Bin Laden. O local era muito diferente da caverna espartana nas montanhas que muitos imaginavam como seu esconderijo. Pelo contrário, era uma casa de três andares, cercada por altos muros de concreto cobertos com arame farpado e protegida por duas cercas de segurança.
Ele estava, segundo Brennan, “se escondendo em plena vista”.


De volta a Washington, Panetta se encontrou com Obama e seus principais assessores de segurança nacional, incluindo Biden, a secretária de Estado Hillary Rodham Clinton e o secretário de Defesa Robert M. Gates. A reunião foi considerada tão secreta que os funcionários da Casa Branca, nem sequer a listaram em seus alertas internos.
Naquele dia, Panetta falou longamente sobre Bin Laden e seu possível esconderijo.
"Foi eletrizante", disse um funcionário do governo que participou da reunião."Por muito tempo estávamos tentando chegar nesse cara. E de repente, era como se, ‘uau, lá está ele’”.
Ainda assim, havia dúvidas sobre se Bin Laden realmente estava dentro da casa. O que se seguiu foram semanas de reuniões tensas entre Panetta e seus subordinados sobre o que fazer a seguir.
Enquanto Panetta defendia uma estratégia agressiva para confirmar a presença de Bin Laden, alguns oficiais da CIA temiam que sua iniciativa mais promissora em anos pudesse ser prejudicada caso guarda-costas suspeitassem que a fortaleza estava sendo vigiada e tirassem o líder da Al-Qaeda dali.
Durante semanas, satélites espiões tiraram fotos detalhadas e a Agência Nacional de Segurança trabalhou para colher todas as comunicações provenientes da casa. Não foi fácil: o local não tinha nem linha de telefone, nem acesso à internet. Aqueles que viviam lá dentro estavam tão preocupados com a segurança que queimavam o lixo, em vez de colocá-lo na rua para coleta.
Em fevereiro, Panetta chamou o vice-almirante William H. McRaven, comandante do Comando de Operações Especiais do Pentágono, à sede da CIA em Langley, Virgínia, para lhe dar detalhes sobre a fortaleza e para começar a planejar um ataque militar.
McRaven, um veterano do mundo secreto que escreveu um livro sobre as Operações Especiais dos Estados Unidos, passou semanas trabalhando com a CIA na operação e veio com três opções: um ataque de helicóptero usando forças americanas, um ataque como bombardeiros B-2, que destruiria a fortaleza, ou um ataque em conjunto com agentes da inteligência paquistanesa que seriam informados horas antes da missão sobre o seu objetivo.
Considerando as opções
Em 14 de março, Panetta apresentou as opções para a Casa Branca. Os agentes da CIA haviam tirado fotos de satélite que estabeleceram o que Panetta descreveu como os “hábitos” das pessoas que viviam na fortaleza. Os indícios de que Bin Laden estava lá tinham aumentado.
As discussões aconteciam enquanto as relações dos Estados Unidos com o Paquistão eram muito prejudicadas pela prisão de Raymond A. Davis, um funcionário da CIA preso por atirar em dois paquistaneses em uma rua movimentada em Lahore, em janeiro. Alguns dos principais assessores de Obama estavam preocupados com a possibilidade de qualquer ataque militar para capturar ou matar Bin Laden provocar uma reação furiosa do governo do Paquistão. Com isso, Davis poderia acabar morto em sua cela.
O americano foi libertado no dia 16 de março, dando mais liberdade para seus colegas. Em 22 de março, Obama pediu a seus assessores opiniões sobre as opções apresentadas.
Gates estava cético sobre um ataque de helicóptero, chamando-o de arriscado, e instruiu oficiais militares a analisar o bombardeio aéreo utilizando bombas inteligentes. Mas alguns dias depois, os oficiais retornaram com a notícia de que seriam necessárias cerca de 32 bombas de 900 quilos cada. E como poderiam as autoridades dos Estados Unidos ter certeza de que tinham matado Bin Laden? "Isso teria criado uma cratera gigante e não haveria corpo", disse uma autoridade de inteligência dos Estados Unidos.
O ataque de helicóptero passou a ser a opção mais defendida. A equipe dos Navy Seals que realizaria o ataque começou a realizar treinamentos em instalações em ambas as costas americanas que foram modeladas para se assemelhar à fortaleza. Mas eles não sabiam quem era o alvo até muito mais tarde.
Na quinta-feira passada, um dia após o presidente divulgar sua certidão de nascimento – "uma bobagem" que estava distraindo o país de assuntos mais importantes, como ele disse aos repórteres – Obama reuniu-se novamente com seus oficiais de alto escalão da segurança nacional.
Panetta disse ao grupo que a CIA havia levado o caso à "equipe vermelha" – ou seja, compartilhado a sua inteligência com outros analistas que não estavam envolvidos para ver se eles concordavam que Bin Laden estava em Abbottabad. Eles concordavam. Era hora de decidir.
Ao redor da mesa, o grupo passou por todos os cenários negativos. Segundo um assessor, havia longos períodos de silêncio. E então, finalmente, Obama falou: "Não vou dar a minha decisão agora. Vou voltar e pensar um pouco mais". Mas ele acrescentou: "Vou tomar uma decisão em breve".
Dezesseis horas depois, ele havia tomado uma decisão. Na manhã seguinte, quatro de seus principais assessores foram convocados para a Sala Diplomática da Casa Branca. Antes que pudessem informar o presidente, ele os “cortou”. "Vamos em frente", disse ele.
A operação poderia ocorrer no sábado, mas as autoridades advertiram que a cobertura de nuvens na região fazia de domingo uma data melhor.
No dia seguinte, Obama fez uma pausa no ensaio para o jantar dos Correspondentes da Casa Branca que aconteceria naquela noite para telefonar a McRaven e desejar-lhe sorte.
No domingo, funcionários da Casa Branca cancelaram todas as visitas turísticas à Asa Oeste da Casa Branca. O objetivo era impedir que turistas encontrassem todos os principais responsáveis pela segurança nacional dos EUA enfiados na Sala de Situação durante toda a tarde, monitorando as informações que estavam recebendo de Panetta. Um funcionário foi ao mercado Costco e voltou com provisões – wrap de peru, salada de camarão, batata frita, refrigerante.
Às 14h05, Panetta esboçou a operação para o grupo uma última vez. Dentro de uma hora, o diretor da CIA começaria sua narração dos eventos através de vídeo conferência. "Eles cruzaram a fronteira com o Paquistão", disse ele.
Do outro lado da fronteira
A equipe de comando seguiu para Paquistão a partir de uma base em Jalalabad, do outro lado da fronteira, no Afeganistão. O objetivo era entrar e sair antes que as autoridades paquistanesas detectassem a violação de seu território e reagissem com resultados possivelmente violentos.
No Paquistão, era pouco depois da meia-noite (madrugada de segunda-feira) e os americanos estavam contando com o elemento surpresa. Conforme o primeiro dos helicópteros voava em baixas altitudes, os vizinhos ouviram um forte barulho e tiros. Uma mulher que mora a dois quilômetros de distância disse ter pensado que fosse um ataque terrorista contra uma instalação militar paquistanesa. O marido disse que não havia nenhuma pista de que Bin Laden estivesse escondido naquela zona tranquila e rica. “No Paquistão, é o mais próximo que você pode estar da Grã-Bretanha", disse ele sobre o bairro.

Há cerca de quatro anos, serviços de inteligência dos EUA identificam mensageiro de confiança de Bin Laden, a partir de pistas dadas por prisioneiros de Guantánamo
Foto: Arte iG
Há cerca de quatro anos, serviços de inteligência dos EUA identificam mensageiro de confiança de Bin Laden, a partir de pistas dadas por prisioneiros de Guantánamo

A equipe americana invadiu a fortaleza – a invasão despertou o grupo que estava lá dentro, disse um oficial de inteligência dos Estados Unidos – e começou um tiroteio. Um homem segurou uma mulher não identificada que vivia enquanto atirava contra os americanos. Ambos foram mortos. Outros dois homens também morreram, e duas mulheres ficaram feridas. Autoridades dos Estados Unidos determinaram que um dos homens mortos era Hamza, filho de Bin Laden, e os outros dois eram irmãos do mensageiro.
Os militares encontraram Bin Laden no terceiro andar, vestindo um traje conhecido como shalwar kameez, e segundo as autoridades ele resistiu à prisão antes de levar um tiro acima do olho esquerdo quase no fim do ataque que durou 40 minutos.
O governo dos Estados Unidos deu poucos detalhes sobre seus momentos finais. "Se ele disparou contra os soldados ou não, eu francamente não sei", disse Brennan, o chefe de contraterrorismo da Casa Branca. Mas um oficial de alto escalão do Pentágono, que passou informações sob a condição de anonimato, disse que está claro que Bin Laden "foi morto pelas balas dos Estados Unidos".
Autoridades dos Estados Unidos insistem que Bin Laden teria sido preso se não tivesse resistido, apesar de considerarem a probabilidade remota. "Se tivéssemos a oportunidade de levar Bin Laden vivo, se ele não apresentasse qualquer ameaça, os indivíduos envolvidos seriam capazes e estavam preparados para fazer isso", disse Brennan.
Uma das esposas de Bin Laden identificou o corpo dele, segundo oficiais americanos. Uma foto tirada por um Seal e processada através do software de reconhecimento facial sugere uma certeza de 95% de que seja Bin Laden. Posteriormente, testes de DNA comparados a amostras de parentes encontraram uma correspondência de 99,9%.
Mas os americanos enfrentavam outros problemas. Um de seus helicópteros quebrou e não pôde decolar, disseram autoridades. Ao invés de deixá-lo cair em mãos erradas, os agentes moveram mulheres e crianças para uma área segura e explodiram o helicóptero avariado.
A essa altura, porém, o exército paquistanês estava reunindo suas forças para responder à incursão no território. "Eles não tinham ideia de quem poderia ser", disse Brennan. "Felizmente, não houve confronto com as forças paquistanesas".
Quando decolaram, às 1h10 hora local, levando consigo documentos e discos rígidos de computadores da casa, os americanos deixaram para trás as mulheres e crianças. Um oficial paquistanês disse que nove crianças, de 2 a 12 anos de idade, estão agora sob custódia do Paquistão.
O governo Obama já havia decidido que seguiria a tradição islâmica de sepultamento no prazo de 24 horas para evitar ofender os muçulmanos devotos, mas havia decidido que Bin Laden teria de ser sepultado no mar, já que nenhum país estaria disposto a receber o corpo. Além disso, não queria criar um santuário para os seus seguidores.
Assim, segundo autoridades, o corpo do líder da Al-Qaeda foi lavado e colocado em um lençol branco de acordo com a tradição. No porta-aviões Carl Vinson, ele foi colocado em um saco com pesos e um oficial leu textos religiosos, os quais foram traduzidos para o árabe por um nativo, de acordo com o oficial do Pentágono.
O corpo então foi colocado sobre uma prancha plana e jogado ao mar. Um pequeno grupo de pessoas assistia tudo de uma das plataformas elevatórias de aeronaves de grande porte que se deslocaram até o convés de vôo. Foram as únicas testemunhas do fim do fugitivo mais procurado do mundo.
Por Mark Mazzetti, Helene Cooper e Peter Baker

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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Mundo está mais seguro com morte de Bin Laden, diz Obama (Postado por Erick Oliveira)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta segunda-feira (2) que o mundo está mais seguro após a morte do líder da al-Qaeda, Osama bin Laden, em um ataque de forças norte-americanas no Paquistão.
"Podemos todos concordar que é um dia bom para os Estados Unidos. Nosso país manteve o compromisso de buscar a justiça, que foi feita. O mundo é um lugar melhor e mais seguro por causa da morte de Osama Bin Laden", disse o presidente durante cerimônia de entrega de medalhas de honra a veteranos da Guerra da Coreia.
Obama aproveitou a ocasião para prestar uma homenagem às Forças Armadas americanas. "Como nação, não há nada que não possamos fazer, quando trabalhamos juntos. Com esse espírito de patriotismo nós vimos todas as mutidões que se reuniram no país interiro, segurando bandeiras, cantando o hino, pessoas orgulhosas de viver nos Estados Unidos", disse o presidente que já lançou sua pré-candidatura à Presidência em 2012.
"Preciso dizer que como comandante em chefe não poderia estar mais orgulhoso de nossas mulheres e homens em uniformes", continou o presidente, que agradeceu diretamente ao secretário de Defesa, Robert Gates, "um dos melhores secretários de Defesa de nossa história".
AnúncioA morte de Bin Laden foi anunciada pelo próprio Obama  em pronunciamento na TV na madrugada desta segunda-feira (2).  Osama bin Laden, líder da rede terrorista da al-Qaeda, foi o responsável pelos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos EUA, que mataram cerca de 3.000 pessoas.
De acordo com Obama, a morte foi consequência de uma ação de inteligência do Exército norte-americano em parceria com o governo do Paquistão, que localizou o terrorista -que tinha entre 53 e 54 anos- durante a semana passada.
O diretor da CIA, Leon Panetta, disse que a rede terrorista da al-Qaeda deve "quase certamente" tentar vingar a morte de Bin Laden.
"Apesar de Bin Laden estar morto, a al-Qaeda não está", disse o diretor da principal agência de espionagem dos EUA. "Os terroristas quase certamente vão tentar vingá-lo, e nos devemos -e vamos- permanecer vigilantes e resolutos."
A secretária de Estado Hillary Clinton disse que os EUA vão continuar combatendo o Talibã no Afeganistão, após o assassinato do terrorista Osama bin Laden por tropas americanas no Paquistão.

domingo, 1 de maio de 2011

Barack Obama diz que Trump transformaria Casa Branca em Cassino


Redação SRZD | Internacional
Foto: Reprodução de TVNa noite do último sábado, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, revidou as críticas que vem sendo alvo nas últimas semanas. No tradicional jantar anual para imprensa e correspondentes, Obama disse que o bilionário Donald Trump, que é pré-candidato republicano à presidência, iria transformar a residência oficial em um grande cassino, e instalar uma piscina nos jardins.

Há uma semana, a Casa Branca divulgou uma cópia da certidão do presidente norte-americano em resposta às acusações de Trump, na qual teria dito que Obama não nasceu nos Estados Unidos.

O presidente ainda mostrou durante o jantar, uma tela que mostra como seria a Casa Branca com as mudanças feitas por Trump, que trazia garotas em biquínis segurando coquetéis em jacuzzi instalada no gramado em frente a residência oficial.

Barack Obama ainda fez piada com sua origem de nascimento exibindo um clipe do filme "O Rei Leão". "Liguem para a Disney se vocês não acreditam em mim", afirmou referindo-se às teorias da conspiração de que não seria cidadão americano, o que é uma exigência constitucional para que alguém ser presidente.

No entanto, o tom de Obama foi mais suave do que quando pediu aos opositores e à imprensa que deixassem de lado a fixação a respeito de seu local de nascimento, no início da semana. Ele afirmou que o país tem coisas mais importantes para se concentrar.

O bilionário Trump estava presente no jantar de gala como convidado do jornal Washington Post. Contudo, a pré-candidatura dele não é levada a sério por muitos analistas políticos.

Entre os artistas convidados estavam John Hamm, da série de televisão "Mad Men", e o ator Sean Penn. Obama ainda prestou homenagem às vítimas dos tornados que devastaram a região sul do país.