E.U.A News (Painel do Paim) - N. 487 da série de 599 Blogs do Coronel Paim - O Porta-Voz

Este blog se destina a registrar aspectos ecológicos do grande país do norte e sua influência sobre a economia internacional e brasileira e a vida do nosso povo, inclusive a preparação ostensiva e sua participação no desfecho do golpe de 1964 e, recentemente, na espionagem das ações do governo brasileiro. .

domingo, 29 de junho de 2008

Aliados de Obama realizam mais de 4.000 eventos nos EUA

colaboração para a Folha Online

Aliados do provável candidato presidencial democrata, Barack Obama, realizaram mais de 4.000 eventos no sábado (28), em todos os 50 Estados dos EUA.

Alguns eventos ocorreram em sedes do Partidos Democratas e outros em casas de aliados. Os responsáveis mostraram mensagens de Obama e de seus oficiais de campanha em vídeo e discutiram estratégias para atrair mais eleitores, inclusive mobilizando líderes locais para falar com os moradores dos Condados.

Enquanto isso, Obama participou de um encontro organizado por uma associação hispânica de Washington ao lado de seu rival republicano John McCain, no qual ambos os prováveis candidatos defenderam uma reforma migratória.

McCain foi interrompido várias vezes por protestos contra a guerra no Iraque.

Discurso

Os dois candidatos, convidados pela Naleo (Associação Nacional de Funcionários Eleitos Hispânicos, na sigla em inglês) num momento em que a disputa pelo voto latino parece cada vez mais acirrada, discursaram separadamente --apesar da insistência de McCain para que ele e o rival falassem no mesmo palanque.

Obama --que é senador pelo Estado de Illinois-- disse que o voto hispânico será fundamental nas eleições de novembro, e que os EUA "não agiram de maneira séria para resolver esse problema", referindo-se à imigração ilegal.

Atualmente, cerca de 12 milhões de estrangeiros residem ilegalmente no país.

Uma reforma que permita "uma caminho para a cidadania" para os ilegais "será uma de minhas prioridades desde o primeiro dia", caso chegue à Casa Branca, continuou Obama.

O candidato democrata criticou a construção do muro na fronteira sul do país para impedir a passagem de imigrantes clandestinos vindos do México --admitindo, porém, que "em algumas áreas as barreiras fazem sentido".

Obama elogiou o trabalho de McCain --que é senador pelo Estado do Arizona-- em relação à imigração. McCain promoveu dois projetos de reforma que fracassaram no Congresso em 2006 e 2007, mas criticou o que considerou uma mudança de posicionamento de seu adversário para ganhar a indicação de seu partido.

Oposição

Foi exatamente a oposição ferrenha da ala mais conservadora do Partido Republicano que impediu a aprovação de uma reforma migratória nos últimos dois anos.

McCain, que teve uma manhã bem menos confortável que seu oponente democrata --que recebeu mais tempo e aplausos durante o ato-- disse que, uma vez eleito, a reforma migratória "será uma prioridade principal, ontem, hoje e amanhã".

O senador pelo Arizona lembrou um projeto de reforma idealizado por ele em parceria com o democrata Ted Kennedy, que não foi aprovado no Congresso. "Fomos derrotados", afirmou. "Não conseguiremos nada no Congresso dos Estados Unidos até que tenhamos convencido o povo americano de que nossas fronteiras estão garantidas."

Iraque

Os dois candidatos responderam perguntas sobre a guerra no Iraque, que McCain apoiou em 2003 e Obama --que ainda não era senador na época da votação que aprovou a invasão-- critica veementemente.

"A guerra do Iraque deve ser conduzida a um final respeitável, responsável e honroso", declarou Obama, em meio a aplausos dos cerca de 400 presentes.

O candidato democrata também disse que o custo de uma semana da guerra no Iraque equivale à ajuda exterior que os EUA dão anualmente à América Latina.

"Esses homens e mulheres são meus irmãos e irmãs", dizia por sua vez McCain, referindo-se aos soldados de origem hispânica que combatem nas forças armadas americanas.

Suas falas, no entanto, foram subitamente interrompidas --pela segunda vez-- por uma mulher, que saiu da multidão chamando McCain de "criminoso de guerra".

"McCain = Guerra", dizia um cartaz carregado pela mulher, de aproximadamente 45 anos. Ela foi retirada do salão onde acontecia o ato, em um hotel de Washington. Entretanto, quando foi detida e parou de falar, outra mulher com um cartaz escrito "Criminoso de Guerra" começou a gritar: "Traga nossas tropas de volta para casa. Você tem o poder para fazê-lo".

Os organizadores do encontro emitiram um pedido formal de desculpas ao candidato republicano, alegando que nenhuma das pessoas que protestou faz parte da Naleo.

Com France Presse e Associated Press

sábado, 28 de junho de 2008

Obama e Hillary Clinton fazem campanha juntos pela primeira vez

Agência Estado [28/06/2008]


Os senadores Barack Obama e Hillary Clinton fizeram campanha juntos pela primeira vez neste sábado (28), buscando curar as feridas da disputa acirrada que ambos travaram ao longo de meses pela candidatura do Partido Democrata à Presidência dos EUA. Durante ato público em Unity (New Hampshire), Hillary disse que ela e Obama agora estão "ombro a ombro" na luta para impedir que o Partido Republicano continue a dominar a Casa Branca.

Unity foi escolhida a dedo para ser o local de demonstração de unidade entre Obama e Hillary, não só pelo nome da cidade, como também pelo fato de os dois pré-candidatos democratas terem terminado as primárias locais empatados, com 107 votos cada.

Obama também visitou veteranos das guerras do Iraque e do Afeganistão no Centro Médico do Exército Walter Reed, em Washington. Ele reafirmou suas críticas sobre como o governo do presidente George W. Bush trata os militares feridos nas guerras e deu a entender que o candidato republicano, senador John McCain, manterá essas políticas caso seja eleito.

McCain, por sua vez, apareceu em público neste sábado ao lado do presidente do Iraque, Jalal Talabani, e disse que está confiante sobre as perspectivas de um acordo que vem sendo negociado secretamente entre os dois governos, segundo o qual as tropas dos EUA permanecerão indefinidamente no Iraque, mesmo depois de vencer o mandato dado pela ONU, no fim deste ano.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Obama já tem mais da metade dos votos de Hillary, diz pesquisa

Cerca de 53% dos eleitores que apoiavam a ex-primeira-dama respaldam o virtual candidato democrata

Efe

Obama e Hillary seguem para o primeiro comício que farão juntos para unificar o partido democrata

Reuters

Obama e Hillary seguem para o primeiro comício que farão juntos para unificar o partido democrata
WASHINGTON - O senador democrata e candidato presidencial, Barack Obama, conquistou mais da metade dos seguidores da senadora Hillary Clinton, que, fiéis ao partido, superaram a decepção com sua derrota, segundo uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira, 28, e realizada conjuntamente pelo Yahoo! News e a Associated Press.

A pesquisa aponta o início da aproximação entre os dois líderes, menos de três semanas depois que Hillary sofreu a derrota para Obama no processo de primárias democratas. Cerca de 53% dos democratas que apoiavam Hillary há dois meses agora respaldam o senador por Illinois, o primeiro negro com possibilidades de conquistar a Presidência dos Estados Unidos, em 4 de novembro.



O resultado contrasta com os 40% dos seguidores de Hillary que tinham indicado apoio a Obama, segundo a pesquisa. Já 23% dos consultados dizem preferir o candidato republicano, John McCain, em vez de Obama. Entre os entrevistados, 16% disseram estar indecisos, 5% se declararam a favor do candidato independente Ralph Nader, e 3% afirmaram que apoiarão outro candidato na disputa.



Segundo a pesquisa, os resultados sugerem que os seguidores de Hillary duvidam de que Obama tenha experiência suficiente para ser presidente. Só 25% acreditam que o senador possui a trajetória política necessária para exercer o cargo.



A pesquisa foi realizada com 1.759 eleitores poucos dias depois que Hillary abandonou a disputa pela candidatura presidencial do Partido Democrata e prometeu apoiar a campanha de Obama. No entanto, o candidato democrata ainda tem um longo caminho a percorrer, já que, de acordo com a pesquisa, mais de um em cada cinco eleitores que apoiaram Hillary nas primárias, por enquanto, pensam em votar no candidato republicano em novembro.

Obama e Hillary promovem primeiro comício juntos

Bruno Garcez
Enviado especial a Groshen (New Hampshire)
O senador Barack Obama e a senadora Hillary Clinton farão nesta sexta-feira seu primeiro evento público conjunto desde o fim da disputa das primárias democratas para a Presidência dos Estados Unidos, em um comício a ser realizado na cidade de Unity, no Estado de New Hampshire.

A escolha do local para o comício é cercada de simbolismo - a começar pelo nome da pequena cidade, que significa ''unidade''. Acrescente-se a isso o fato de que os dois ex-rivais terminaram a disputa empatados em Unity, tendo conquistado 107 votos cada um. A primária de New Hampshire, realizada em janeiro, foi vencida por Hillary.

A senadora suspendeu a sua campanha no início deste mês e anunciou publicamente seu apoio a Obama. Seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, também anunciou seu apoio ao senador nesta semana.

Os dois democratas travaram uma acirrada disputada, de mais de 15 meses, na qual chegaram a trocar pesadas acusações e despertaram temores de que o partido poderia se desgastar e chegar rachado às urnas, na eleição geral, em novembro .

Portas fechadas
Na quinta-feira, Obama e Hillary participaram de um evento fechado ao público, em Washington DC, que contou com a presença de diversos correligionários da senadora, em Washington DC.

No encontro, discutiu-se formas de auxiliar a senadora a aplacar algumas das dívidas de sua campanha, que ultrapassam US$ 20 milhões. Obama já se comprometeu a ajudá-la a levantar pelo menos US$ 10 milhões.

Na reunião de Washington, a chefe do comitê de Finanças de Obama, Penny Pritzker, chegou a fazer um cheque de US$ 4.600 para ajudar a reduzir a dívida de Hillary.

A senadora apresentou Obama, chamando-o de ''meu amigo'' e acrescentou que os democratas terão ''muito trabalho pela frente, não apenas até a eleição, mas até depois dela, para garantir que esta eleição traga benefícios para todo os país''.

O senador, por sua vez, louvou o ''extraordinário serviço público'' prestado por Hillary e disse que irá ''precisar tê-la a meu lado, fazendo campanha''.

Avó elogiosa
Obama chegou a contar que até mesmo a sua avó fez elogios à senadora. Ele contou que conversou com ela constantemente durante a temporada de primárias e que obviamente ''ela estava torcendo por seu neto''. Mas acrescentou que ela costumava reclamar que as pessoas não estavam sendo justas com Hillary. Ela teria dito: ''Quando eu vejo o instinto dela em seguir lutando em nome daqueles que precisam de uma defensora, ela me lembra um pouco de mim mesma''.

Obama concluiu dizendo que já pediu a alguns dos principais doadores de sua campanha para ''abrir seus talões de cheques e garantir à senadora que é preciso dar um jeito na dívida que aí está''. O comentário mereceu os mais calorosos aplausos da noite.

McCain na América Latina
Enquanto os outrora rivais democratas selavam de vez a paz, o senador e provável candidato republicano à presidência, John McCain anunciava uma viagem para a América Latina.

McCain chegará a Cartagena, na Colômbia no próximo dia 1º de julho de lá, seguirá, dois dias depois, para a Cidade do México.

O republicano vem procurando frisar suas distinções com Obama, ao elogiar o Nafta (o acordo de livre comércio firmado ente Estados Unidos, Canadá e México). Durante as primárias, Obama chegou a dizer que o acordo precisava ser revisto, porque ele estaria tendo um impacto negativo para a economia americana.

McCain também manifestou forte apoio à proposta de estabelecer um tratado de livre comércio com a Colômbia, medida defendida pelo presidente George W. Bush que acabou sendo derrubada pelo Congresso, liderado pelos democratas. Obama é contrário ao acordo.

UOL Notícias

sábado, 21 de junho de 2008

Vantagem de Obama sobre McCain é de 15 pontos, diz pesquisa da "Newsweek"

Washington, 21 jun (EFE).- O provável candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, tem 15 pontos de vantagem sobre seu concorrente republicano em intenções de voto, segundo uma pesquisa da revista "Newsweek".

A folga de Obama em relação a McCain apontada pela sondagem é muita maior que a verificada em outras pesquisas.

De acordo com a publicação, 51% dos eleitores americanos votariam hoje em Obama, contra 36% que apoiariam John McCain.

"Barack finalmente desponta", afirmou a revista, que disse que os resultados são um reflexo dos baixos índices de popularidade do presidente George W. Bush e da grande frustração dos americanos quanto ao rumo do país.

Da pesquisa, que tem uma margem de erro de quatro pontos e foi realizada nos dias 18 e 19 de junho, mais de dez dias depois que Hillary Clinton reconheceu sua derrota para Obama, participaram 1.010 adultos.

No entanto, os resultados não são respaldados por nenhuma outra sondagem.

Uma pesquisa do Instituto Gallup divulgada hoje dá a Obama apenas dois pontos de vantagem sobre McCain, enquanto outra realizada pelo Zogby diz que a diferença entre os dois candidatos é de cinco pontos.

Segundo a pesquisa da "Newsweek", apenas 14% dos entrevistados estão satisfeitos com o rumo do país, a mesma porcentagem de junho de 1992, quando uma recessão contribuiu para a vitória de Bill Clinton sobre George H.W. Bush nas eleições realizadas cinco meses depois.

A sondagem mostra ainda que Obama é muito apoiado pelos jovens (66%), enquanto McCain tem a simpatia de apenas 27% deles.

Em relação aos eleitores idosos, os dois candidatos aparecem empatados.

UOL - ÚLTIMAS NOTÍCIAS

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Hillary fará campanha com Obama na próxima semana

Carolina Acosta (Da FM PAN de Aquidauana - MS)

A campanha do candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou hoje que a ex-primeira-dama Hillary Clinton participará de um ato de campanha ao lado dele na próxima semana. Os dois senadores farão campanha juntos pela primeira vez no dia 27 de junho e deverão participar este mês de um ato de arrecadação de recursos, segundo informou os organizadores da campanha de Obama por meio de uma mensagem de correio eletrônico.

Hillary suspendeu sua campanha à indicação do Partido Democrata para as eleições presidenciais depois de Obama ter conseguido, no início de junho, número suficiente de delegados para assegurar a nomeação.

Agência Estado

domingo, 15 de junho de 2008

‘Se Obama ganhar será grande evolução’, diz Lula (Do Bloga do Josias)


Alan Marques/Folha




Lula observa a cena eleitoral dos EUA com nítida simpatia pelo candidato democrata Barack Obama. Foi o que deixou antever em entrevista ao JB, veiculada neste domingo (15).



Instado a se posicionar, o presidente saiu-se com um “não posso dizer”. Na seqüência, porém, deixou evidente sua predileção por Obama:



“O Monteiro Lobato escreveu que um dia haveria uma disputa entre uma mulher e um candidato negro nos Estados Unidos ...”



“...É o que está acontecendo com o Barack Obama. Eu acho que é uma revolução na cabeça do eleitorado americano...”



“...Se Obama ganhar será mostra de grande evolução. Essa é a grande novidade desses últimos 100 anos da História...”



“...E Deus queira que, ganhando as eleições, ele possa ter uma política dos Estados Unidos diferente para América Latina...”



Lula brincou com o fato de o ministro Mangabeira Unger (Assusntos Estratégicos) ter sido professor de Obama em Harvard:



Disse que não telefonou para o candidato quando de sua vitória nas prévias em que mediu forças com Hillary Clinton. E acrescentou, entre risos:



“...Mas tem a vantagem que o Mangabeira Unger foi professor dele em Harvard. É um companheiro, indiretamente.”



De resto, Lula discorreu sobre a conjuntura interna. Disse que não sonha com um retorno à presidência da República.



Afirmou que, em 2010, não será candidato senão à aposentadoria. "O meu lema é o seguinte: dia 1º de janeiro de 2011, eu entregarei a presidência da República para alguém e vou para a minha casa conviver com a minha família..."



"...Não tenho tenho interesse de ser candidato a senador, a governador, a vereador. Nada."



Declarou que vai registrar em cartório um documento com suas "realizações". Entregará o papel ao sucessor e à imprensa.



Afirmou que ainda não se decidiu por Dilma Rousseff como melhor opção para sucedê-lo. Mas derramou-se em elogios à "capacidade gerencial" da ministra.



Repisou a tecla de que o governo não assumirá o interesse pela aprovação da CSS. Ainda que isso leve à rejeição do sucessor da CPMF no Senado.



E revelou que trabalha com a perspectiva de que o Brasil se torne a segunda ou terceira potencia petrolífera do mundo. Quer criar um fundo educacional com a renda do petróleo.



Pressionando aqui, você chega à entrevista.

Escrito por Josias de Souza às 03h46

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Candidatura de Obama 'suaviza' imagem mundial dos EUA, diz pesquisa

Candidatura de Obama 'suaviza' imagem mundial dos EUA, diz pesquisa
Em Washington
A virtual candidatura do democrata negro Barack Obama à Casa Branca levantou grandes expectativas nos países estrangeiros e contribuiu para suavizar a imagem internacional dos EUA, revelou nesta quinta-feira uma pesquisa realizada em 24 países, incluindo o Brasil.

"De maneira geral, acho que o melhor clima de opinião sobre os Estados Unidos reflete uma antecipação de uma mudança na Casa Branca", explicou Andrew Kohut, presidente do Centro de Pesquisa Pew, ao apresentar os resultados de uma enquete feita entre 17 de março e 21 de abril, em 24 países.

"À exceção dos Estados extremamente antiamericanos, como os países muçulmanos, descobrimos que a maioria das pessoas acredita que a chegada de um novo presidente representará uma mudança para melhor na Política Externa", completou.

França (68%) e Espanha (67%) são os países que mais confiam na mudança, seguidos por Nigéria (67%), Alemanha (64%) e Índia (59%).

A sondagem também destacou a muito boa imagem de Obama no exterior.

"Há muita expectativa em torno dele, talvez, porque esteja identificado com os democratas e com a oposição à guerra no Iraque, ou por seu poder de atração pessoal", avaliou Kohut.

De fato, salvo a Jordânia, os cidadãos disseram confiar mais em Obama do que em seu adversário republicano John McCain. Na França, o democrata obtém 84% de opinião favorável; 72%, na Espanha; 58%, no Brasil; mas apenas 30%, no México.

A candidatura de Obama ajudou até a melhorar, levemente, a imagem dos Estados Unidos no mundo, após anos de queda. O democrata, "junto com o forte interesse internacional nessas eleições, suavizou as atitudes negativas para com os Estados Unidos", explicou o presidente do Pew.

Kohut advertiu, contudo, que se trata de "um rebote antecipatório, e o problema é que, se não se cumprirem as expectativas, as cifras podem voltar a cair".

Na França, por exemplo, a opinião favorável sobre os EUA ganhou três pontos, em relação ao ano passado, e chegou a 42%, melhorando também na Grã-Bretanha (de 51% para 53%), na Polônia (de 61% para 68%), na Argentina (de 16% para 22%), na Rússia (de 41% para 46%), na Coréia do Sul (de 58% para 70%, o nível mais alto) e no Brasil (de 44% para 47%).

Em contrapartida, recuou 1% na Espanha (33%) e 9% no México (47%), provavelmente pela construção do muro fronteiriço, ainda de acordo com o Pew.

Para essa pesquisa, foram entrevistadas 24.000 pessoas, e a margem de erro oscila entre 2% e 4%, dependendo do país.

UOL ÚLTIMAS NOTÍCIAS

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Grupo de congressistas republicanos não apoiarão John McCain como candidato

Washington, 12 jun (EFE).- Pelo menos 14 congressistas republicanos rejeitaram apoiar a candidatura de John McCain e mais de dez não sabem se respaldarão o senador pelo estado do Arizona em sua corrida presidencial, informou hoje o jornal legislativo "The Hill".

Alguns dos membros mais conservadores do partido republicano não quiseram explicar suas razões para não revelar se darão seu apoio ou não a McCain.

Um deles é o congressista do Colorado Tom Tancredo, defensor da causa contra a imigração ilegal nos Estados Unidos.

Entre os membros do partido Republicano que não apóiam McCain estão os senadores Chuck Hagel (Nebraska) e Jeff Sessions (Alabama).

Além deles, também não apóiam o candidato republicano os representante Walter Jones, John Peterson, John Doolittle (Califórnia), Randy Forbes (Virgínia), Wayne Gilchrest (Maryland), Virgil Goode++ (Virgínia), Tim Murphy (Pensilvânia), Ted Poe (Texas), Todd Tiahrt (Kansas), Dave Weldon (Flórida) e Frank Wolf (Virgínia do Norte).

A eles se une o congressista do Texas, Ron Paul, que concorreu com McCain pela candidatura republicana, e que anunciou que realizará uma convenção paralela a que será realizada pelo partido no início de setembro.

Em sua corrida rumo à Presidência, McCain teve diferenças com alguns membros da Câmara de Representantes e do Senado em assuntos como imigração, sistema sanitário, impostos e energia, entre outros.

Guantánamo: Obama saúda decisão da Corte, que preocupa McCain

WASHINGTON, 12 Jun 2008 (AFP) - Barack Obama, candidato democrata à Casa Branca, saudou nesta quinta-feira a decisão da Suprema Corte norte-americana autorizando os detidos em Guantánamo a apresentar um recurso à justiça civil, mas seu rival republicano John McCain manifestou sua preocupação.

"A decisão da Corte é uma rejeição à tentativa do governo Bush de criar um buraco negro jurídico em Guantánamo, uma política equivocada que John McCain apóia", declarou Obama em um comunicado.

"É um passo importante para restabelecer nossa credibilidade como nação comprometida com a defesa do Estado de direito, e para rejeitar um falso dilema entre a luta contra o terrorismo e a proteção" das liberdades individuais, acrescentou Obama.

"Não podemos nos permitir perder ainda mais tempo na luta contra o terrorismo", acrescentou o candidato democrata, que também denunciou o sistema de tribunais militares de exceção instaurados em Guantánamo para julgar parte dos detidos por terrorismo.

John McCain se mostrou mais reticente em relação à decisão: "Não tive ainda a oportunidade de ler a decisão (que) evidentemente me preocupa muito. São combatentes ilegais, não são cidadãos norte-americanos", declarou McCain durante um comício eleitoral.

"Mas é uma decisão tomada pela Suprema Corte e agora temos que seguir em frente. Como vocês sabem, sempre fui favorável ao fechamento de Guantánamo e ainda penso que isso é o que temos que fazer", acrescentou.

UOL Notícias

Pesquisa eleitoral mostra Obama 6 pontos à frente de McCain

Vantagem de senador aumentaria se ele escolhesse Hillary como candidata à vice-presidência

Efe

WASHINGTON - O virtual candidato democrata à Presidência americana, Barack Obama, supera por seis pontos porcentuais seu rival republicano John McCain nas intenções de voto para as eleições presidenciais de novembro, segundo uma enquete divulgada nesta quarta-feira, 11, pela rede de televisão NBC e pelo jornal The Wall Street Journal.



A pesquisa, que entre sexta-feira e segunda-feira passados entrevistou cerca de mil eleitores, indicou que o senador por Illinois tem um apoio de 47%, contra 41% de McCain, senador pelo estado do Arizona.



Uma pesquisa que havia sido elaborada no fim de abril pelos mesmos veículos indicava que a vantagem de Obama era então de três pontos percentuais (46% contra 43%).



A última enquete assinalou que Obama conta com maior apoio entre a população afro-americana, os hispânicos, as mulheres e os trabalhadores não especializados.



Entre os entrevistados que disseram ter apoiado a senadora Hillary Clinton nas primárias democratas, 61% disseram que votarão em Obama em novembro, ao tempo que 19% assinalaram que apoiariam McCain.



Os diretores da pesquisa afirmaram que a vantagem de Obama aumentaria se o senador escolhesse Hillary como companheira de chapa e candidata à Vice-Presidência dos Estados Unidos.



A enquete tem uma margem de erro de mais ou menos 3,1 pontos percentuais, indicou a NBC.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Obama contra Obama

De Lucas Mendes
De Nova York para a BBC Brasil
O problema do senador McCain é o senador Obama e o problema do senador Obama é o senador Obama.

O candidato democrata tem paixão, mas não tem um plano. O republicano tem um plano, mas não tem paixão.

Obama é a favor de mais impostos para os ricos, de mais saúde e educação e contra o empobrecimento da classe média. São temas de campanha e até bem estruturados com números, mas ele não tem uma ideal New Deal, um plano Marshall, um tcham capaz de atrair os votos indispensáveis dos brancos pobres, dos latinos, das mulheres, dos judeus e, mais importante, neutralizar o ataque republicano.

Barack tem quase tudo a favor dele. O índice de rejeição do presidente Bush é recordista na história, 80% dos americanos acham que o país está no caminho errado, a gasolina dobrou de preço em três anos, a renda média da família encolheu nos últimos sete anos, quase todos produtos essenciais encareceram e não foi só por causa do petróleo.

Secas competem com inundações, há milho de sobra para etanol, faltam outros grãos. Falências e perdas de ocupam as primeiras páginas.

E ainda não falamos na guerra, que até os republicanos detestam, da perda internacional do prestígio americano pelas torturas e outros abusos, nem da humilhação do dólar.

Neste quadro mais negro do que petróleo, como é possível um republicano,associado ao presidente Bush, estar quase empatado com Obama nas pesquisas?

Não aconteceu a grande disparada, comuns quando um candidato conquista a indicação do partido e tem o endosso do maior adversário.

Se Obama perder não será pela negritude de Obama. No balanço final, raça talvez seja um fator mais de ganho do que prejuízo de votos. Atraente e eloqüente, é um candidato eletrônico ideal.

Seu talento ficou comprovado numa das campanhas mais bem conduzidas da história americana, o primeiro rebelde em mais de uma geração que desafiou os caciques do partido e venceu.

Montou uma organização de baixo para cima, administrada como se fosse uma empresa de eficientes românticos, liderada por gente que nunca tinha trabalhado junto e ganhando pouco.

A campanha de Obama reembolsava passagem de metrô, mas não os táxis, e quando os jovens partidários saíam batendo de porta em porta em busca de votos, a instrução era que levassem seus sanduíches e comida de casa. Os cofres de Obama estão cheios.

O senador McCain conta migalhas, a senadora está atolada em dívidas. O porta-voz dela ganhava mais por mês do que o de Obama ganhava por ano. O senador quer ajudá-la a sair das dívidas, mas há problemas legais.

Então qual é o ponto fraco de Barack Obama? Para a máquina republicana, quetransforma heróis de guerra, como John Kerry, em covardes, o problema de Obama é Obama, o mais liberal dos democratas, um homem só com quatro anos de experiência no Senado, a favor de impostos, sem pulso para a guerra, um elitista incapaz de ganhar Estados cruciais do meio oeste e do sul porque se refere aos eleitores brancos mais pobres como gente amarga -"bitter people"- que corre para Bíblia, armas e outros primitivismos nos momentos difíceis.

Barack Obama vai precisar palmilhar Ohio, Kentucky, Virgínia Ocidental, Missouri, Pensilvânia, Flórida e mais um ou dois Estados, com Hillary Clinton a tiracolo, para destruir o Obama dos republicanos.
UOL

Friedman: Obama ajudou a melhorar a imagem dos EUA no exterior

Thomas L. Friedman
Colunista do The New York Times
No Cairo, Egito

Esta coluna provavelmente colocará Barack Obama em apuros, mas não é problema meu. Eu não posso mentir: muitos egípcios e outros muçulmanos árabes realmente gostam dele e esperam que ele conquiste a presidência.

Eu tive a chance de observar várias eleições americanas do exterior, mas tem sido incomumente revelador estar no Egito enquanto Barack Hussein Obama se torna o candidato dos democratas para presidente dos Estados Unidos.

Apesar de Obama, que foi criado como cristão, estar constantemente assegurando aos americanos que não é um muçulmano, os egípcios estão espantados e empolgados com a possibilidade dos Estados Unidos poderem eleger um homem negro cujo pai era de tradição muçulmana. Eles realmente não entendem a árvore da família de Obama, mas o que sabem é que se os Estados Unidos -apesar de terem sido atacados por militantes muçulmanos no 11 de Setembro- elegerem como presidente um sujeito com nome do meio "Hussein", isso marcaria uma mudança nas relações entre os americanos e o mundo muçulmano.

Toda entrevista parece terminar com a pessoa que estou entrevistando me perguntando: "Agora eu posso lhe fazer uma pergunta? Obama? Você acha que vão deixá-lo vencer?" (É sempre "deixá-lo vencer", não apenas "vencer".)

Não seria um exagero dizer que a indicação pelos democratas de Obama como seu candidato à presidência fez mais para melhorar a imagem dos Estados Unidos no exterior -uma imagem arranhada pela guerra no Iraque, pela invocação pelo presidente Bush de uma "cruzada" pós-11 de Setembro, Abu Ghraib, Guantánamo e a oposição xenófoba à Dubai Ports World administrar portos americanos- do que todo o esforço diplomático de Bush por sete anos.

É claro, os egípcios ainda têm suas queixas em relação aos Estados Unidos, e terão no futuro independente de quem seja o presidente- e também temos algumas queixas em relação a eles. Mas de vez em quando os Estados Unidos fazem algo tão radical, tão fora do comum -algo que as sociedades antigas, incrustadas, tradicionais como as do Oriente Médio simplesmente nunca poderiam imaginar- que ela revive a "marca" revolucionária dos Estados Unidos no exterior de uma forma que nenhum diplomata poderia ter concebido ou planejado.

Eu acabei de jantar em um restaurante à margem do Nilo com duas autoridades egípcias e um empresário, e um deles citou um de seus filhos como tendo perguntado: "Algo assim poderia algum dia acontecer no Egito?" E a resposta de todos à mesa foi, é claro, "não". Não poderia acontecer em nenhum lugar nesta região. Um copta poderia se tornar presidente do Egito? Nenhuma chance. Um xiita poderia se tornar líder da Arábia Saudita? Nem em cem anos. Um presidente bahaísta do Irã? Apenas em sonho. Aqui, o passado sempre enterra o futuro, não o contrário.

Estas autoridades egípcias estavam particularmente empolgadas com a indicação de Obama, porque poderia significar que ser rotulado de reformista "pró-americano" poderia deixar de ser um insulto aqui, como tem sido nos últimos anos. Como um diplomata americano colocou para mim: a postura de Obama sugere aos estrangeiros que ele não apenas escutaria o que eles têm a dizer, mas que poderia até levar em consideração. Eles antecipam que um presidente americano que passou parte de sua vida olhando para os Estados Unidos de fora -como ocorreu com John McCain enquanto era prisioneiro de guerra no Vietnã- estará muito mais harmonizado com as tendências globais.

Meu colega Michael Slackman, chefe da sucursal do "Times" no Cairo, me falou sobre um recente encontro que teve com um operário na famosa Mesquita Azul do Cairo: "Gamal Abdul Halem estava sentado em um tapete verde. Quando ele viu que éramos americanos, ele disse: 'Hillary-Obama empatados?' em um inglês rudimentar. Ele me disse que morava no Delta do Nilo, viajava duas horas todo dia para chegar ao trabalho, e ainda assim encontrava tempo para acompanhar a disputa presidencial. Ele não tinha nada ruim a dizer sobre Hillary, mas sentia que Obama seria muito melhor, por ter pele escura, como ele, e por causa de sua herança muçulmana. 'Para mim, minha família e amigos, nós queremos Obama', ele disse. 'Nós todos gostamos do que ele diz.'"

Sim, toda esta Obamamania é excessiva e o balão inevitavelmente será furado caso ele conquiste a presidência e comece a tomar decisões difíceis ou cometer grandes erros. Mas por ora, o que ela revela é quanto muitos estrangeiros, após todo o ressentimento dos anos Bush, ainda anseiam pela "idéia da América" -este lugar aberto, otimista e, de fato, revolucionário, tão radicalmente diferente de suas próprias sociedades.

Em sua história dos Estados Unidos do século 19, "What Hath God Wrought", Daniel Walker Howe cita Ralph Waldo Emerson como tendo dito em um encontro da Associação da Biblioteca Mercantil, em 1844, que "a América é o país do futuro. É um país de inícios, de projetos, de vastos planos e expectativas".

Esta é a América que foi engolida pela guerra contra o terrorismo. E é a América que muitas pessoas querem de volta. Eu não sei se Obama vencerá em novembro. Mas independente dele vencer ou não, o simples fato de sua indicação fez algo muito importante. Nós surpreendemos a nós mesmos e surpreendemos ao mundo e, ao fazê-lo, lembramos a todos que ainda somos um país de novos inícios.

Tradução: George El Khouri Andolfato

Uol - Midia Global

terça-feira, 10 de junho de 2008

Obama leva vantagem sobre McCain, caso não aconteça um ataque terrorista

da Folha Online

O candidato democrata Barack Obama e o republicano John McCain entraram na última fase da escolha do 44º presidente dos Estados Unidos, que termina em 4 de novembro, dia da eleição.

Gunther Rudzit, doutor em ciência política pela USP (Universidade de São Paulo) e professor do curso de Relações Internacionais das Faculdades Integradas Rio Branco, diz que vários fatores influenciarão nos resultados das eleições e que Obama tende a fazer uma campanha focada na economia.

"Vai ser o calcanhar-de-aquiles dos republicanos, que têm agora um peso extra, além da rejeição ao governo W. Bush, uma desaceleração da economia e um aumento conseqüentemente do desemprego. A população americana é bastante fundamentada na importância da economia", avalia o professor.

Para Rudzit, o candidato democrata tem uma ligeira vantagem na corrida à Casa Branca devido a grande rejeição que o governo do republicano George W. Bush tem ao final de praticamente oito anos. "Esse deve ser o quadro, desde que não haja um novo ataque terrorista. Se isso acontecer, muda completamente e aí a candidatura de McCain passa a ter uma vantagem muito grande."

Segundo Rudzit, McCain deve reforçar os ataques à inexperiência política (principalmente em matéria de segurança) de seu oponente. O republicano ressaltará o conhecimento adquirido na época em que serviu às Forças Armadas americanas.

De acordo com o professor, antes das convenções --em agosto e setembro--, Obama e McCain terão que escolher seus candidatos a vice-presidente. O cientista político acredita que McCain deverá se preocupar com sua idade avançada e escolher alguém mais jovem. Já no caso de Obama, pode ser cogitado alguém com experiência em política externa, o seu ponto fraco.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Obama anuncia imposto para petrolíferas e critica McCain

Por John Whitesides

RALEIGH, EUA (Reuters) - O candidato à Presidência dos EUA pelo Partido Democrata, Barack Obama, tentou na segunda-feira acalmar os norte-americanos assustados com os altos preços da gasolina afirmando que, se eleito, adotará um imposto sobre lucros inesperados a ser cobrado das empresas petrolíferas.

Dando início a um período de duas semanas durante o qual tratará principalmente da economia do país, hoje em crise, Obama apresentou planos bastante diferentes de seu adversário na disputa de novembro, o republicano John McCain, a quem acusou de querer ampliar as isenções fiscais concedidas pelo presidente norte-americano, George W. Bush, e de, assim, expandir ainda mais as dívidas dos EUA.

Em um cenário no qual os norte-americanos enfrentam dificuldades para pagar o preço de 4 dólares por galão (3,78 litros) de gasolina, no qual aumenta a taxa de desemprego e no qual diminui a confiança do consumidor, Obama tenta focar a campanha nas questões econômicas.

"Não é preciso ler os índices das bolsas ou acompanhar as manchetes do caderno de finanças para compreender a seriedade da situação em que estamos", afirmou.

A economia é um campo no qual Obama circula com mais desenvoltura. Já McCain colocou a segurança nacional e a política externa no centro de sua campanha e repetiu várias vezes que o democrata não dispõe da experiência necessária para comandar o país.

Ingressando na eleição geral com uma pequena vantagem em relação a McCain nas pesquisas de intenção de voto, Obama voltou a descrever seu pacote de estímulo de 50 bilhões de dólares como um instrumento para incentivar os consumidores a gastarem e injetar novo ânimo na economia. O candidato citou também a criação de um fundo de 10 bilhões de dólares para ajudar os proprietários de imóveis afetados pela crise nesse setor.

"Vou fazer com que as petrolíferas como a Exxon paguem uma taxa sobre seus lucros inesperados e vou usar esse dinheiro para ajudar as famílias a arcarem com os gastos cada vez maiores com a energia e com outras contas", afirmou Obama, senador pelo Estado de Illinois.

O democrata, 46, que pode se transformar no primeiro negro a comandar os EUA, disse que a manutenção das isenções fiscais criadas por Bush, conforme promete McCain, permitiria que as empresas poupassem 2 trilhões de dólares com os impostos.

Segundo Obama, só a Exxon Mobil Corp, que faturou 40,61 bilhões de dólares no ano passado, pagaria 1,2 bilhão a menos em impostos.

"Se as políticas de John McCain forem implementadas, elas fariam com que o déficit público aumentasse 5,7 trilhões de dólares na próxima década. Isso não tem nada a ver com conservadorismo fiscal. Foi isso o que George W. Bush fez ao longo de oito anos", afirmou Obama.

Os contrários ao imposto cobrado sobre lucros inesperados dizem que a medida revelou-se contraprodutiva quando adotada pelos EUA em 1980, no último ano do governo do presidente Jimmy Carter.

Para esses especialistas, a medida, cancelada em 1988 durante o governo do presidente Ronald Reagan, fez com que as petrolíferas diminuíssem a produção interna.

Na segunda-feira, McCain, 71, que pode se tornar o homem mais velho a ser eleito para um primeiro mandato como dirigente dos EUA, participou de um evento de arrecadação de verbas em Richmond e lembrou os presentes sobre o desafio feito por ele a Obama, o de participar de dez encontros cara-a-cara em várias cidades norte-americanas para debater as questões mais importantes da disputa.

"Até agora, ele não aceitou isso", afirmou o republicano.

McCain, senador pelo Estado do Arizona, sugeriu que o primeiro encontro ocorresse na quinta-feira, no Federal Hall, em Nova York.

"Ele não vai estar lá. Mas nós continuaremos a convidá-lo e, talvez, com o passar do tempo, ele aceite participar. Ao menos é isso o que eu espero," afirmou McCain.

(Reportagem adicional de Caren Bohan e Jeff Mason)


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domingo, 8 de junho de 2008

Obama chega a eleições gerais com vantagem; McCain lança estratégia


Bill Haber/AP
Senador republicano, John McCain discursa em evento de campanha em Kenner, Los Angeles


Colaboração para a Folha Online

O provável candidato democrata Barack Obama entra nas eleições gerais com uma vantagem declarada: ele é um candidato democrata que enfrentará um Partido Republicano desgastado pelos erros e impopularidade do presidente Bush.

Por outro lado, senador pelo Arizona John McCain fez um discurso afiado e contundente na terça-feira (3), antes mesmo dos democratas Obama e Hillary Clinton se pronunciarem em discursos na noite de terça, mostrando suas propostas nos principais temas que vêm abordando em sua campanha --economia, política externa, Guerra do Iraque, aquecimento global e fontes energéticas.

O cenário ao fundo de McCain enquanto o republicano discursava falava muito sobre sua nova estratégia contra Obama: um fundo verde com a frase escrita repetidamente: "A leader we can beleave in" --"Um líder em quem podemos acreditar".

A frase é uma resposta que busca desqualificar a principal plataforma política de Obama: "Change. We can beleave in" --Mudança. Nós podemos acreditar".

McCain afirmou ser o verdadeiro líder em quem se deve acreditar, e que é ele quem tem experiência para promover a "mudança na direção certa", pois a mudança que Obama propõe seria datada, "em direção ao passado".

O republicano fez uma ironia com sua idade e a de Obama, dizendo que apesar de Obama ser muito jovem e ele mais velho, o democrata propõe medidas "ultrapassadas", que falharam nos anos 60 e 70, e que visam o controle de Estado sobre assuntos que "você" --a sociedade civil-- deve ter autonomia para decidir.
"Tenho um pouco mais de idade do que o meu oponente, e saberei não repetir os erros que já foram cometidos no passado", disse.
O que McCain fez em seu discurso foi lançar o debate ideológico entre democratas e republicanos, liberais e conservadores, esquerda e direita.

Ideologia

McCain, criticado por ser inexperiente em questões econômicas, assumiu uma posição conservadora, defendendo que o Estado não deve intervir nos rumos da economia e da sociedade em termos gerais. "Ele [Obama] quer dizer a vocês como tudo deve ser feito, quer que o governo seja a solução de todos os problemas", disse. "Estas políticas falharam no passado".

O senador pelo Arizona busca pintar-se de verde, como um político de uma nova espécie, um "conservador verde". Ele afirma ser um "líder do século 21", que defende o mercado, a chamada "livre iniciativa" na economia, e por outro lado defende o papel do Estado para resolver "problemas do novo século", como a questão da auto-suficiência energética, fontes alternativas de energia e o aquecimento global.

McCain buscou demonstrar ainda que é um candidato independente dos lobbies de Washington, um assunto que Obama aborda com freqüência. O senador acusou Obama de criticar lobistas favoráveis aos republicanos e por outro lado calar-se frente aos lobistas que o favorecem e apóiam.

Como justificativa, citou votações no congresso em que votou contra o lobby do petróleo e que Obama, segundo ele, votou a favor.

com Agências Internacionais

sábado, 7 de junho de 2008

Hillary Clinton manifesta apoio integral a Barack Obama na corrida à Casa Branca



Da Redação*
Em São Paulo
Hillary Clinton manifestou apoio integral ao senador Barack Obama na corrida presidencial dos Estados Unidos neste sábado. Em discurso em Washington, no National Building Museum, ela foi ovacionada e agradeceu muito aos seus partidários pela confiança durante a campanha à nomeação democrata.

"Não é exatamente a festa que eu planejei, mas eu gosto muito da companhia de todos vocês", disse Hillary, após várias tentativas de iniciar seu discurso de retirada oficial da disputa e de apoio a Obama.

* Reuters

Partidários ovacionaram Hillary Clinton durante discurso de apoio
a Obama neste sábado, nos EUA

* O que muda com o apoio?

"Mulheres e homens, jovens e idosos, brancos e negros, ricos e pobres, gays e heterossexuais. Vocês lutaram junto comigo, e por isso digo que vou continuar firme ao lado de vocês. Felizmente, eu tive oportunidades em minha vida, e quero o mesmo para todos os americanos. Até esse dia chegar, vocês certamente me verão na linha de frente da democracia. Eu não vou desistir", afirmou, seguida de muitos aplausos.

Hillary deixou muito clara sua posição de apoio a Barack Obama, que enfrentará o republicano John McCain na eleição de novembro. "A maneira para continuarmos nossa luta agora e chegarmos ao nosso objetivo futuro é elevar nossa força para fazer de Barack Obama o novo presidente dos EUA", disse.

"Peço que transfiram todo o apoio que me deram a ele. Hoje, quando eu suspendo minha campanha, eu congratulo Obama pela extraodirnária corrida eleitoral até aqui e dou meu apoio integral a ele. Espero que Barack Obama, com toda sua determinação, passe pela porta do salão oval em janeiro de 2009", afirmou.

Hillary também pediu união ao partido. "O partido democrata é uma família, e é a hora de restaurarmos os laços", completou.

O anúncio de Hillary foi feito em meio a forte especulação sobre quem será o candidato à vice-presidência na chapa de Obama.

Na última quinta-feira, a campanha da senadora divulgou um comunicado que dizia que apesar de Hillary ter "deixado claro ao longo deste processo que fará o possível para eleger um democrata para a Casa Branca, ela não está buscando a vice-presidência".

A declaração dizia ainda que "a decisão está nas mãos do senador Obama e de ninguém mais".

Também na noite de quinta-feira, Hillary e Obama mantiveram um encontro particular, mas não foi divulgado o que exatamente foi discutido na reunião.

Com informações da BBC

Hillary Clinton se prepara para admitir derrota

A senadora Hillary Clinton encerra oficialmente, neste sábado, sua campanha histórica para se tornar a primeira mulher presidente dos Estados Unidos.

O reconhecimento da derrota para o rival democrata Barack Obama, que assegurou a indicação do partido na última terça-feira, está marcado para o meio-dia no horário de Washington (13h no horário de Brasília).

Espera-se que Hillary, que chegou a ser vista como a inevitável candidata do Partido Democrata à Presidência americana, agradeça seus simpatizantes e anuncie seu apoio formal a Obama.

O tom do discurso vai ser acompanhado com atenção, já que ela vêm sofrendo críticas por não ter admitido a derrota logo após as primárias de Dakota do Sul e Montana, as últimas da mais longa e concorrida prévia eleitoral na história recente dos Estados Unidos.

Assessores da campanha de Hillary falaram pouco sobre o evento, que tem o objetivo claro de mostrar um Partido Democrata unido e preparado para enfrentar a disputa contra o candidato republicano, John McCain.

O anúncio de Hillary acontece também em meio a forte especulação sobre quem será o candidato à vice-presidência na chapa de Obama.

Na quinta-feira, a campanha da senadora divulgou um comunicado que dizia que apesar de Hillary ter "deixado claro ao longo deste processo que fará o possível para eleger um democrata para a Casa Branca, ela não está buscando a vice-presidência".

A declaração dizia ainda que "a decisão está nas mãos do senador Obama e de ninguém mais".

Na noite de quinta-feira, Hillary e Obama mantiveram um encontro particular, mas não foi divulgado o que exatamente foi discutido na reunião.

Segundo analistas, o apoio de Hillary Clinton vai ser crucial para o sucesso da campanha de Obama, já que ela venceu em estados importantes para as eleições de novembro.

Barack Obama nomeou uma comissão com três integrantes para analisar quem seria o candidato ideal para compor sua chapa e anunciou que não vai se apressar para tomar a decisão.

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quinta-feira, 5 de junho de 2008

Veja lista de possíveis candidatos a vice na chapa do republicano John McCain

Colaboração para a Folha Online

O provável candidato republicano à Casa Branca John McCain conquistou a nomeação partidária no início de março e desde então investe em uma intensa campanha presidencial. Boatos sobre sua possível lista de vice-presidentes circulam há meses na imprensa.

Em maio, o senador por Arizona teve uma reunião com candidatos ao posto em seu rancho. Na lista estavam 30 amigos e companheiros do mundo político. Sua campanha afirmou na época que a reunião teve caráter apenas "social", mas analistas afirmaram ser mais que uma casualidade a lista de presentes na qual figuram os possíveis candidatos à vice-Presidência de McCain, segundo jornais norte-americanos.

A escolha do candidato para vice-presidente é uma das mais difíceis e no caso de McCain - criticado pelos democratas por sua idade avançada, 71 anos, e pelos conservadores por suas posições moderadas.

Os fatores que influem tradicionalmente na busca de um vice-presidente são tão distintas como a experiência política, a procedência geográfica, a ausência de escândalos ou, como neste caso, a idade.

Veja a lista de republicanos que podem ocupar a vice-Presidência na chapa de McCain:

Mitt Romney, 61
LM Otero/AP
Mitt Romney desistiu nesta quinta-feira da disputa pela nomeação republicana
Mitt Romney é um dos nomes na lista de vice-presidentes do candidato republicano

Ex-governador de Massachusetts, perdeu a nomeação para McCain. Mas Romney pode trazer problemas por conta de questões envolvendo o fato de ser mórmon e por já ter apoiado o direito ao aborto. Homem de negócios, tirou 35 milhões de dólares do próprio bolso para a campanha e pode fazer o mesmo na campanha para vice-presidente ou para ajudar McCain a arrecadar fundos. Ex-chefe de uma private equity, ele também geriu as Olimpíadas de Inverno de Salt Lake City. Romney pode trazer experiência administrativa para a chapa de McCain.

Charlie Crist, 51

O governador da Flórida apoiou McCain, ajudando-o a obter a nomeação, e pode ajudá-lo em um Estado bastante disputado, que pode ser republicana ou democrata nas eleições de novembro. Ex-procurador-geral da Flórida, ele se tornou governador com facilidade em 2006. Mas pode entrar em choque com a parte mais conservadora do partido, devido à sua visão sobre o aborto.

Mike Huckabee, 52
Haraz N. Ghanbari/AP
Mike Huckabee afirmou que continua firme em sua tentativa de concorrer à Casa Branca
Mike Huckabee que desistiu da corrida para apoiar o provável candidato John McCain

O ex-governador do Arkansas disputou a nomeação com McCain e foi o último competidor a desistir. O pastor batista é um conservador que tem o apoio da base evangélica do partido e é forte no sul do país.

Tim Pawlenty, 47

Governador de Minnesota duas vezes, apoiou McCain desde o começo e poderia ajudá-lo em um Estado bastante disputado. Pawlenty pode atrair os social-conservadores, mas não é muito conhecido no país todo.

Robert Portman, 52

Ex-congressista por Ohio, ex-representante comercial norte-americano e diretor do orçamento no governo de George W. Bush. Conservador fiscal, Portman, pode dar a McCain mais força na política econômica, além de ajudá-lo em Ohio -- Estado importante na disputa.

Bobby Jindal, 36
Lee Celano/Reuters
McCain fala ao lado do governador Bobby Jindal, seu possível vice-presidente
McCain fala ao lado do governador Bobby Jindal, seu possível vice-presidente

É governador de Lousiana e primeiro indiano-americano eleito. Conservador e formado em Oxford, confere juventude e diversidade ao pacote republicano. Sua experiência com a política de saúde seria um bom adicional, mas ele pode ser considerado muito jovem, principalmente em contraste com McCain, 71. É o preferido da direita cristã e tem adesivos com a frase "Jindal para V.P." circulando na cidade.

John Thune, 47

Senador por Dakota do Sul, atrairia os conservadores, mas McCain pode não querer outro senador como vice. Depois de derrotar Tom Daschle, o líder dos democratas no Senado, em 2004, Thune é considerado forte competidor, o que aumentou seu prestígio dentro do partido. No entanto, ele não é muito conhecido nacionalmente.

Hillary Clinton anunciará apoio a Barack Obama no sábado


Hillary Clinton anunciará no próximo sábado (9) seu apoio a Barack Obama na corrida à Casa Branca, informou sua equipe de campanha em um comunicado nesta quarta-feira.




Provável candidato democrata Barack Obama quer agora unir o partido e achar seu candidato a vice-presidente dos EUA
Provável candidato democrata Barack Obama quer agora unir o partido e achar seu candidato a vice-presidente dos EUA

da Folha Online


A decisão foi tomada após congressistas democratas pedirem a ela nesta quarta-feira para sair da corrida e permitir a união do partido em torno de Obama, segundo um importante assessor de Hillary citado pelo "New York Times".
Stefan Zaklin /Efe
Hillary Clinton, durante discurso em Washington; ex-primeira-dama deve anunciar saída da disputa democrata no sábado (9
Hillary Clinton, durante discurso em Washington; ex-primeira-dama deve anunciar saída da disputa democrata no sábado (9)

"A senadora Clinton participará de um evento em Washington para agradecer seus partidários e manifestar o apoio a Obama e à unidade do partido" democrata.

A rede de televisão americana ABC já havia informado a decisão de Hillary de reconhecer a vitória de Obama e de abandonar "a disputa presidencial, na sexta-feira, pondo fim à sua histórica tentativa pela Casa Branca".

Segundo a campanha de Hillary, o dia foi mudado para que mais eleitores pudessem assistir ao pronunciamento de Hillary.

O anúncio porá fim a cinco meses de uma acirrada disputa pela candidatura democrata à Presidência dos Estados Unidos.

Obama

A ex-primeira-dama, que era tida como favorita quando as prévias do partido começaram, perdeu ontem para Obama a chance disputar as eleições presidenciais de novembro depois que o senador conseguiu atingir a marca de 2.118 delegados para garantir a nomeação do partido, na terça-feira.

Apesar de Obama ter assegurado ontem sua candidatura às eleições, tornando-se o primeiro negro a entrar na disputa pela Casa Branca, Hillary resistiu a reconhecer sua derrota.

Na noite de terça --quando as duas últimas primárias do partido foram realizadas-- e nesta quarta, a ex-primeira-dama declarou que não tomaria nenhuma decisão, mas seus assessores afirmaram que, nas conversas de hoje, alguns de seus maiores aliados disseram que a sua saída da corrida era urgente.

"Nós dissemos que iríamos apoiá-la até o fim", disse o deputado Charles W. Rangelm democrata de Nova York que apadrinhou Hillary desde sua primeira eleição ao Senado, citado pelo "NYT". "Nosso problema é não ser capaz de determinar quando diabos isso termina."

Ao mesmo tempo, alguns dos principais simpatizantes de Hillary, incluindo democratas que haviam mantido o apoio a ela até o fim das primárias, anunciaram agora que endossam Obama.

Desistência

Segundo o jornal "The New York Times", a senadora conversou nesta quarta-feira com vários congressistas que lher teriam recomendado sair de cena.

Vários líderes democratas, entre eles o presidente do partido, Howard Dean, e a presidente da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, emitiram hoje um comunicado conjunto no qual dizem que agora é preciso focar as eleições de novembro.
Chris Carlson/AP
Provável candidato democrata Barack Obama quer agora unir o partido e achar seu candidato a vice-presidente dos EUA
Provável candidato democrata Barack Obama quer agora unir o partido e achar seu candidato a vice-presidente dos EUA

O senador afro-americano teve uma conversa com Hillary nesta quarta-feira. "Falei hoje (com Hillary) e vamos ter uma conversa nas próximas semanas", disse Obama, que disse estar certo de que o partido chegará ao pleito presidencial.

"Eu era pela Hillary --eu não era contra Obama, quem acho que é muito talentoso", disse o ex-vice presidente Walter F. Mondale (1977-1981). "Estou muito feliz que tomamos uma decisão e espero que possamos unir nosso partido e seguir adiante", disse Mondale, citado pelo diário americano.

Mais cedo nesta quarta, um grupo de importantes líderes democratas pediu aos superdelegados indecisos que participarão da convenção nacional do partido em agosto para se decidirem até sexta-feira, mas poucos deram sinais de que tentariam apressar a saída de Hillary da corrida. A nomeação de Obama só será oficializada com a convenção.

União

Enquanto o grupo de líderes --entre eles o chefe do Comitê Nacional Democrata, Howard Dean, a líder da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, o líder da maioria no Senado Harry Reid e o governador da Virgínia Ocidental, Joe Manchin-- não apoiou formalmente Obama, nem instou Hillary a sair da corrida, afirmou em declaração conjunta: "Os democratas devem agora voltar toda a atenção para a eleição geral", segundo o "NYT".

"Isso cabe a ela", disse Pelosi nesta quarta, sobre o fim da campanha de Hillary. "Ela passou por uma longa e rigorosa campanha. Ela o fez de forma linda, Ela tem de desistir na sua hora."

A cinco meses da eleição geral, quando Obama irá enfrentar o provável candidato republicano John McCain, os líderes democratas enfatizaram que o partido precisa "ficar unido e começar a marcha no sentido de reverter os oito anos de políticas fracassadas de Bush/McCain que enfraqueceram nosso país".

Obama se foca agora em unir um partido dividido para a campanha eleitoral de cinco meses pela Casa Branca, e anunciou a criação de um trio que irá liderar a busca por um candidato a vice-presidente.

Caroline Kennedy, filha do ex-presidente assassinado John Kennedy (1961-1963), irá fazer a prospecção de possíveis companheiros de chapa, junto com Jim Johnson, ex-presidente da companhia hipotecária Fannie Mae --que realizou a mesma tarefa para John Kerry em 2004 e para Walter Mondale em 1984-- e com o ex-vice Promotor-geral Eric Holder.

Os simpatizantes de Hillary fazem pressão para que a ex-primeira-dama seja nomeada a candidata a vice de Obama, mas a campanha do senador disse que o processo de busca está apenas no começo.

"O senador Obama está satisfeito de ter três pessoas talentosas e dedicadas administrando esse processo rigoroso", disse o porta-voz Bill Burton. "Ele irá trabalhar junto com eles (equipe) nas próximas semanas, mas no fim será uma decisão dele e só dele."

Com Efe e Associated Press

terça-feira, 3 de junho de 2008

Hillary cogita ser candidata a vice na chapa de Obama, diz agência


Os rivais democratas Hillary Clinton e Barack Obama; ela cogita ser vice, diz AP

A ex-primeira-dama e senadora por Nova York Hillary Clinton cogita aceitar a candidatura a vice-presidência em uma eventual chapa de seu rival, o senador por Illinois Barack Obama, segundo informações divulgadas pela agência de notícias Associated Press.

De acordo com a agência, Hillary disse em reunião com legisladores democratas de seu Estado que estaria "aberta" para a possibilidade de uma nomeação à candidatura de vice, caso isso possa ajudar o Partido Democrata a chegar à Casa Branca em novembro.
Reuters

Os rivais democratas Hillary Clinton e Barack Obama; ex-primeira-dama cogita ser candidata a vice para ajudar o partido, diz AP

Segundo a AP, Hillary deu as declarações durante uma teleconferência com legisladores de Nova York, realizada nesta terça-feira. A afirmação seria uma resposta a uma pergunta da democrata Nydia Velazquez, que disse acreditar que a melhor maneira de Obama conquistar importantes eleitorados --entre eles os hispânicos-- seria escolhendo Hillary para ser vice de sua chapa.

"Eu estou aberta para isso, se for ajudar o partido em novembro" respondeu Hillary.

Anteriormente nesta terça-feira, a Associated Press divulgou que Hillary anunciaria sua saída da corrida na noite desta terça-feira, caso o rival atingisse o número suficiente de delegados.

No entanto, a informação foi desmentida pouco tempo depois por sua equipe de campanha em um comunicado: "A matéria da AP está incorreta. A senadora Hillary Clinton não concederá a nomeação nesta noite".

"Não é sobre isso que a senadora falará esta noite. Ela falará sobre os 18 milhões de votos que recebeu e os temas que lhe importam. Falei com ela hoje. Ninguém neste momento tem os números para ser o candidato do Partido Democrata", disse Terry McAuliffe, diretor da campanha de Hillary.

Nesta terça-feira, dois Estados --Montana e Dakota do Sul-- votam nas primárias que colocam Obama a poucos delegados do número que ele precisa para garantir a nomeação do Partido Democrata e enfrentar o republicano John McCain na disputa pela Casa Branca em novembro, nas eleições gerais.

Persistência

Obama lidera a disputa no número de superdelegados. Até o momento, ele tem 335 nomes a seu favor, contra 293 que apóiam Hillary. Mesmo assim, nas últimas semanas, Hillary se mostrou determinada a continuar. Em seus discursos, ela ressalta que os superdelegados (líderes partidários e políticos eleitos que votam independentemente) não estão comprometidos oficialmente até a data da convenção, o que daria a ela a chance de convencer os indecisos, ou até mesmo aqueles que apóiam Obama.

Para isso, ela investe em dois argumentos centrais: a maioria dos votos populares e seu apelo diante dos trabalhadores brancos.

Segundo os cálculos do site especializado Real Clear Politics, com a validação dos votos populares de Michigan --onde a cédula eleitoral contava apenas com o nome de Hillary-- e Flórida, Hillary tem uma margem de 161.121 votos sobre Obama, com um total de 17.429.779.

Comparativamente, isso representa uma diferença de apenas 1% sobre os votos de Obama. Mas com pouco tempo e poucas oportunidades de virar o jogo, é o suficiente para Hillary fazer uma forte campanha por sua candidatura.

Carta

Na semana passada, Hillary enviou uma carta a cada um dos 797 superdelegados na qual afirma que ela é a melhor candidata para enfrentar o provável candidato republicano John McCain nas eleições gerais de 4 de novembro.

No texto, Hillary escreve: "Quando os últimos votos forem depositados em 3 de junho, nem o senador Obama nem eu teremos assegurado a nomeação. Caberá a vocês escolher o nomeado de nosso partido e eu gostaria de dizer a vocês que eu acredito ser a candidata mais forte [...] e seria a melhor presidente e comandante-chefe".

Para Richard Parker, professor de ciência política da Universidade de Harvard e especialista em campanha política, é certo que Hillary "continuará na corrida democrata até a Convenção Nacional, tempo no qual ela continuará apelando aos superdelegados".

Já para David Karol, especialista em política norte-americana e professor da faculdade de Ciência Política da Universidade de Berkeley, Hillary não conseguirá influenciá-los. "Os superdelegados vêem televisão, lêem jornais, falam entre eles. Hillary está tentando tudo o que pode; está lutando até o último minuto. Eu não acredito que possa influenciar os superdelegados, não há nenhum segredo que ela tenha", afirma, em entrevista à Folha Online.